sexta-feira, 30 de abril de 2010

Lindo...

Então e chegarem a casa e ouvirem a vossa mãe dizer-vos "se é para te tornares anormal como a sobrinha da X mais vale trancares-me o teu blog e saires de casa porque eu só sei conviver com gente normal" apenas porque vocês fazem umas pesquisas sobre medicinas tradicionais e não ocidentais? Coisas que mexem com energias de cada um, energias do universo?

Pergunto eu: estás a chamar-me anormal?
Responde ela: sim.

Curto e grosso.

É bom, não é?????


(P.S. Cr., dsc, mas esta tua definição tenho que a partilhar. Já sabia que ia apanhar nas orelhas, e dizes-me que me vais foder a cabeça pessoalmente. Adorei a tua definição: "P.S: Definição de f*** a cabeça a um amigo: Expressão de origem obscura que implica, entre outros rituais o de ouvir e nao julgar...")

Nem mais. Não julgar. Coisa que não me tem acontecido muito....

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Só não ganho a merda do Euromilhões...

"A culpa é tua, não te expressaste como deve ser, como raio havia de saber que era tão importante para ti que eu fosse?"


.........

PORQUE EU TE DISSE??????
Estou farta, farta, farta, farta.
Farta de estar triste, de estar embirrenta, de não poder desabafar, de quando desabafo me sentir estúpida, ridícula, mimada, anormal.
Tenho tanta merda dentro de mim que preciso de deitar cá para fora, tudo me faz estar ansiosa, tudo me deixa sem respirar, tudo me deixa stressada.
De que me adianta dizerem-me "tens que aprender a controlar os nervos" como o E. faz? Eu não sei controlar os nervos. Eu não tenho porra de tempo para fazer ioga, ou reiki, ou meditação, ou desporto. Eu trabalho, eu estudo e eu moro em 3 cidades diferentes. Passo o dia sentada, quando não é a trabalhar, é a estudar, quando não é a estudar, é a conduzir, estou farta de não ter 5 minutos para mim.
Tenho um ambiente em casa que é de cortar à faca, todos os dias há discussões, e eu já não aguento muito mais. Nunca ninguém faz nada bem, está sempre tudo com defeito, a minha família já não fala uma com a outra, gritamos uns com os outros, perdemos por completo a capacidade de simplesmente aproveitar o milagre que é ter uma família.
É horrível, sei que sou má pessoa por dizer isto, mas o que me apetece é pegar numa mala, sair de casa e fazer-me à vida. Ir morar com o E. mesmo sem estar casada, mesmo que isso signifique ir contra a vontade dos meus pais.
Fogo, tenho 25 anos, não 5. E faço tudo para os agradar, e nunca nada está bem, nunca nada serve, nunca nada está perfeito, há sempre algo a criticar.
Tive 18 numa frequência super dífícil. Ouvi um parabéns "resmungado" e quando tentei voltar a referir o facto, ainda fui gozada "queres que me ponha aos pulos?". Não... queria que ficasses contente. Mas deve ser pedir de mais.
Eu tenho que dar desconto a toda a gente. à minha mãe porque está com depressão. ao meu pai porque se vai reformar e tem problemas com o filho mais velho. à minha irmã porque enfim é adolescente e tem uma vida ocupada entre o conservatório e as aulas e as gravações.
E a mim, quem me dá desconto?
Quem me dá desconto por trabalhar dia após dia após dia após dia, semana após semana, mês após mês num trabalho que detesto, que me estagna, em que sou constantemente barrada, em que sou constantemente gozada, um trabalho que não me deixa ter tempo para estudar o que mais gosto, um trabalho que prejudica o meu estudo, que pode prejudicar o final da minha licenciatura?
Quem me dá desconto por me sentir furstrada, por me sentir falhada, por sentir que nunca faço nada bem?
No outro dia o meu noivo disse-me que gostaria mais de mim se eu tivesse um corpo como o das revistas. Doeu-me... eu iniciei ontem um tratamento para a obesidade. Sim, é verdade. Engordei imenso, não por nada que coma de errado, mas por qualquer razão estranha. Ele sabe que eu sou sensível a isso, e vai-me dizer uma coisa dessas? E depois é sempre "desculpa, não pensei que levasses a mal".
Sinto-me triste, apetece-me chorar, apetece-me desabafar, e não tenho ninguém, só este blog. A Cr. é muito minha amiga, é a única pessoa que eu conheço que sabe deste blog e que o lê. Sei que vou apanhar nas orelhas dela, mas não quero saber. Não posso estar sempre a incomodá-la.
Fui ontem à nutricionista, que me mandou fazer análises à tiróide.
Tenho tudo contra mim. Tenho que tomar cortisona diariamente, não tenho tempo para desporto, não posso correr porque sou asmática, não como porcarias, só como praticamente saladas, legumes, grelhados, estufados e cozidos, tudo sem gordura, não como bolos nem fritos, e continuo a engordar. Recuperei os 17kg que tinha conseguido perder. E isso frustra-me. Frustra-me imenso ver gente a queixar-se, como a minha irmã, porque está gorda. Fodasse, ela veste o 34! Dá-me vontade de ser má e dizer-lhe que havia de ter o corpo que eu tive na idade dela. Em que ninguém se aproximava de mim. Em que nunca nenhum rapaz se interessou por mim porque eu era gorda. Era "a gorda", "a obesa", "a marrona". Pois claro! Livros nunca me criticaram! Nem me gozaram!
Tenho tanta merda na minha cabeça...
Em princípio vou ter uma oferta de trabalho. Implica sair do Algarve. Oferecem-me contrato, subsídios, segurança social, vou ganhar o mesmo que aqui. Implica sair do Algarve. E dizer isso à minha mãe? Não dá. Ela amuou quando aos 17 anos fui para a Universidade, amuou quando fui de Erasmus, já me começou a dizer "que não vou servir para nada depois de casada, não vou estar ali para ela quando ela mais precisar".
Fodasse.
Mais valia ter ficado sozinha a vida toda e cuidar dela. Que me importava? Assim como assim, não ouvia estas bocas que magoam mais que alguém pode imaginar.
Se amo o E.? Sim, amo. Se quero casar com ele? Sim, quero.
Mas sei que é mais para fugir deste ambiente que outra coisa qualquer...
O C. continua a mexer comigo. Mandei-lhe uma mensagem na 6f, à qual não respondeu. Tudo bem, eu não estava à espera. Então porque mandou uma no domingo a pedir desculpa por não ter respondido antes?
E mais uma vez, na aula de 3f, cabeças juntas, toques para aqui, toques para ali... já toda a gente se deu conta, até o E. me disse que já sabia que ele gostava de mim, que se via nos olhos dele. Graças a Deus, não viu que eu estou ligeiramente interessada nele. Que leva um gajo comprometido há 3 anos e meio a continuar a mandar-me sinais, olhares, toques, mensagens? Que caralho queres tu, C.?
Peço desculpa pela linguagem, mas hoje estou mesmo mal, precisava de desabafar.
Já ontem estava assim. Tentei dizer ao E. que não estava bem. Que precisava que ele fosse à net para falarmos. Não. Ir para o computador fazer a música dele era mais importante. Tudo bem, eu tento entender. Pedi-lhe então para ir ao meu blog. Tinha-lhe deixado uma postagem, dedicada a ele, e outras a dizer que não estava tão bem.
Foram vocês? Assim foi ele.
Estou triste.
Estou com fome.
Saber que estou a dieta, ainda que com ajuda de acupuntura, deixa-me nervosa e só me apetece comer merdas.
E depois vem ele dizer-me que a culpa de estar assim é minha, e que tenho de aprender a controlar os nervos, e que não lhe bata, e que ele só quer ajudar. Claro. Dizendo que gostava mais do meu corpo se ele fosse como os das revistas. Eu já tenho uma autoestima tão baixa que essa ainda me deitou mais abaixo. E depois não acredita quando eu lhe digo que para mim o corpo dele é perfeito. Que não o imagino de outra maneira qualquer.
Sou muito estúpida, sei que sou.
Mas estou de uma maneira...
Sinto-me perdida, sem saber que rumo tomar.
Não posso falar do novo emprego à minha mae enquanto não tiver certezas, porque sei que ela não o vai aceitar, implica sair de casa de vez, e ela nunca vai aceitar isso, e vai amuar, e eu já estou a stressar com isso... mesmo... mas fazer o que? Continuar aqui, onde me desgasto? Onde ando sempre nervosa, stressada, triste e a chorar?
Sei lá...
Estou confusa, embirrenta, chata, triste, daqui por 5 mn o E. vai telefonar e já estou mesmo a ver que vai haver merda... não estou com paciência para conversa da chacha... mesmo...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Custa um bocadinho...

... precisar da tua atenção e não a ter... sei que não ma podes dar agora, mas não custa menos por isso. Tal como não custam menos as coisas que "não fazes por mal", mas porque és distraído e que inevitavelmente me colocam em 2º plano. Dizes que sou a pessoa mais importante da tua vida, mas esqueces-te de tudo o que combinas comigo, não tens problemas em marcar algo por cima, e depois ainda esperas que eu compreenda e que seja eu a mudar o nosso compromisso. Na 3f recusei-me a fazê-lo. Tens que aprender que não te podes esquecer de mim. Fui egoísta? Sim, fui. Mas precisei de ti. E mesmo assim estiveste de mau humor comigo durante quase duas horas... quando quem marcou coisas em cima foste tu!...

E depois tudo o resto.

Continuo a sonhar com o C.

Estudámos a tarde de 2f toda, juntos. E houve olhares, e toques de mãos, e cumplicidade... e eu já não sei o que pensar.

Sonhei com ele 3 noites seguidas, e a cada noite os sonhos são mais quentes, e no entanto és tu que estás ao meu lado na cama, a abraçar-me, és tu que me estás a aninhar contra o teu corpo.

Já não sei de nada. Já não sei o que sentir.

Estou farta desta indecisão em que a minha cabeça anda. Tão depressa te quero, e sinto que não quero mais ninguém, e que é a ti que quero para pai dos meus filhos, como se for preciso no dia seguinte estou cheia de dúvidas sobre ti, sobre mim, sobre nós, sobre o C., sobre o M.

Porra!

Estou farta destes picos de humor, que me f***m a cabeça toda e não me deixam ter certezas de nada...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

3 anos

3 anos.

Faz hoje 3 anos que me tentei matar.
Hoje "celebro" o dia em que me arrancaram da morte.
Ainda hoje choro.
Foi a maior asneira da minha vida.
Ainda me sangra o coração.
16 de Abril de 2007. O dia mais negro da minha vida.
Tomei quantos comprimidos tinha em casa.
Bebi quanto álcool encontrei. Vodka, aguardente, licores... tudo. Até pomada comi, Jesus meu Deus! Não estava em mim...
Ainda hoje me dói esse dia.
Sei que são 3 anos em que me tentei matar. Mas devia tentar pensar em que são 3 anos em que renasci. Porque no fundo renasci.
Cresci.
Aprendi que não há um único homem em quem possa confiar.
Estou noiva. Mas mesmo assim, mesmo o meu noivo sabendo tudo sobre mim, até sobre o C., tinha de lhe contar, não me entrego por completo.
O meu coração ficou contigo, M.
Tu conhecias-me, vias-me, sabias quem EU era. Não eu, a X, mas EU. A minha alma. Quem eu era na verdade, na essência. Nunca confiei em ninguém como em ti, M.
E abandonaste-me da pior maneira possível.
Quebraste-me, de uma maneira que é impossível eu voltar a recuperar...
Esta semana tem sido terrível.
Crises de ansiedade. Ia desmaiando. Fez dia 13 3 anos que dei um beijo que me arruinou a vida. Faz hoje 3 anos que tentei acabar com ela.
É fácil culpar-te... mas se calhar nem tens culpa.
Se calhar a culpa até foi minha que fui fraca. Não sei.
Sei que hoje não me sais da cabeça, tal como não me tens saído nos últimos 3 anos.
Esta data é muito difícil. Só quero chorar... e chorar... e chorar...
E sei que chorar não resolve nada.
Quero ultrapassar-te, luto para te ultrapassar, mas não consigo...
Não mereces um segundo do meu pensamento, e há dias em que o consigo fazer.
Não hoje.
Hoje estarás sempre na minha cabeça.
Não sei onde estás... mas dentro de mim estás de certeza...
Odeio-te... com todas as minhas forças... sabias?
E ao mesmo tempo, queria saber de ti... como estás... que tens feito...
Tentei manter a amizade. Para quê? Provaste que não és meu amigo.
Não sei...
3 anos volvidos sobre o dia onde renasci, ainda choro como uma bebé nesta semana...
É tão difícil... tão difícil...

terça-feira, 13 de abril de 2010

dia mundial dos beijos

Mas nem todos são bons.

Faz hoje 3 anos, dei um beijo que arruinou a minha vida.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Que vontade de ir falar contigo! Mas não posso.
Mal fora que eu não fosse mais forte que o meu coração...
Mas que me apetece clicar no teu nome e falar, apetece...
Mas não o vou fazer.
Afinal, se para ti passei a ser invisível...
Estás online... já de manhã estiveste online... E finges que não me vês.
É isso que me revolta... até agora nunca fugiste, e de repente... é como se eu fosse invisível.
De que tens medo? Sê claro!..

Chega!

Às vezes há coisas fantásticas.

Uma delas é ouvir o meu noivo dizer "não vale a pena ouvir-te mais". Sim, calha sempre bem, sobretudo quando eu já estou tão fodida da minha cabeça. "Não vale a pena ouvir-te mais". Está bem. Eu calo-me. Mais uma vez. Assim como assim, há toda uma panóplia de coisas sobre as quais tenho de me calar contigo. Porque não gostas. Porque te sentes mal em ouvir. Porque sei lá o quê. Não posso falar contigo de como me sinto mal comigo própria. Não posso falar contigo sobre planos de poder estudar ou trabalhar no estrangeiro. "Eu vou estar em Portugal não terás outro remédio se não voltares para cá". Que bonito! Bonito e nada prepotente! Se me conhecesses deveras saberias que quanto mais me dizem não, mais eu grito um sim de revolta!
Há cada vez mais coisas sobre as quais não posso falar contigo. A maneira como quero educar os nossos filhos. A minha religião. Os meus sonhos profissionais. O não querer abandonar a zona onde vivo por causa dos meus pais.

A minha mãe tem-me avisado: "olha que ele não é o género de pessoa que te vá deixar conviver conosco, vai-te obrigar a ir para outro lado, quer apenas o mínimo de convívio conosco, é convencido, só ele é que sabe, sabe mais que todos".

E custa-me admitir, mas ela tem razão! Pedi-te para a minha irmã ir à Alemanha conosco, torceste logo o nariz.

Fica sabendo, meu querido. Eu não vou abandonar os meus pais. Nem a minha irmã. Eles irão a nossa casa sempre que quiserem. São a minha família, as minhas raízes, as minhas âncoras. Tu tens tradições diferentes, és estrangeiro e recusas-te a viver segundo as leis do país onde estás, e já me tens contado muita coisa que prova isso. Mas eu? Eu sou portuguesa. E não vou abdicar da minha nacionalidade e tradições só porque tu queres. Mas depois acho curioso que eu é que sou egoísta...

Há muita coisa a martelar-me a cabeça, há muito que quero falar contigo antes de te dizer "sim" na Igreja. Porque quando o disser, para mim, é para a vida, mesmo que civilmente nos venhamos a divorciar. E tu não entendes isso. Para ti é tudo o logo se vê, logo se vê. Eu não funciono à base de "logo se vê", já me devias conhecer!

Com tudo isto, sinto um abismo a crescer entre nós.

Ontem falei com a minha grande amiga Cr. Ela diz que isto pode ser de mal estarmos juntos. Criamos tensões e descarregamo-las nas discussões. Talvez tenha razão. Acho que tem razão.

Eu já não tenho certezas deste passo. Tentei dizer-to. Mas tu dizes que é normal e não deste importância. Sim, tentaste tranquilizar-me, dizer que tu também tens incertezas, que ninguém sabe o que o futuro reserva. E é verdade. Eu nem sei o que vou jantar hoje... quanto mais se daqui por um ano e meio vou estar casada contigo!!

Há tanto que eu não posso falar contigo que comecei a procurar outra pessoa com quem falar. E quem melhor que o C.?

Pois... "Real failure"... o gajo está comprometido há 3 anos e meio.

Nunca se passou nada entre nós, mas sinto-me enganada à mesma. Porque apesar de nunca se ter passado nada, houve toda uma série de indícios que ele me mandou ao longo destes 3 anos de curso... Portanto... e eu só lhe comecei a prestar atenção a semana passada, quando ele carregou fotos com a namorada. Doeu. Doeu muito. Ainda dói, ver as fotos deles. Mas quem é comprometido há 3 anos e meio... não me posso intrometer. Mas dói. Porque o desejo.

Ele deu-me as tais "borboletas" que só o M. me tinha dado. E eu nunca pensei voltar a senti-las... e sinto-as cada vez que falo com ele, cada vez que vejo a foto dele, cada vez que fico à espera de uma mensagem dele.

Até que ponto é já isto traição? Não sei. E tenho medo da resposta...

Mas já chega de sofrer por alguém como ele. Que manda sinais apesar de estar comprometido. Que brinca assim com as pessoas. Sim, porque ele não é assim com mais nenhuma rapariga do curso. Só comigo. E eu não sou a única rapariga... Não sei o que pensar. Não sei mesmo.

Sei que à semelhança do que se passou há 3 anos, tenho que colocar uma pedra de uma tonelada por cima deste assunto, enterrá-lo... ou pelo menos transformá-lo num fantasma como fiz com o M. Um fantasma que ainda me assombra, sim, é verdade, mas um fantasma.

E quanto ao meu noivo... Não sei. Quero amá-lo. Quero sentir essas "borboletas". Mas há coisas que eu não posso - nem quero! - aceitar. E não sei o que fazer com este anel de noivado que cada vez me pesa mais no anelar esquerdo...

terça-feira, 6 de abril de 2010

"And then I go and spoile it all by saying something stupid like I love you"...

Quisera eu ter a coragem de to dizer!
"No homem, o desejo gera o amor. Na mulher, o amor gera o desejo."



Conclusão: estou tramada...


E sabem quando dizem "amo-te" mas não o conseguem sentir? Mais vale não dizê-lo. Assim não enganam ninguém.


Foste incapaz de perceber pela minha voz que não estou bem. Incapaz de perceber pelo meu suspiro que nada está bem.


E não sei se me sinto triste ou aliviada - há explicações que não te posso dar...


Sei que tenho que procurar um afastamento. Isto a continuar assim envenena-me ainda mais.

Sinto este abismo a crescer entre nós... não sei o que se passou...Ou talvez saiba, talvez há um ano que saiba, e não queira admiti-lo.


Sei que me sinto cobarde, sem coragem para nada a não ser não pensar.


Quero seguir os meus impulsos... mas eles são errados.

E no entanto... no entanto ao longo deste ano foram vários os sinais que me deste. Ou terão sido imaginados?


Já não sei nada.

Já não quero saber de nada.

Já não quero sentir mais.

Pára, coração, de me pregar estas partidas.

Pára, por favor.


Sou nova, mas já tenho sofrido tanto por tua causa... pára de uma vez, coração.

Resigna-te ao que tens, pára de procurar o impossível.


São ambos comprometidos - e mesmo assim queres forçar...


Não sei o que sinto, não sei o que não sinto, quero mandar-lhe algo que lhe mostre que eu existo, que sempre existi, e ao mesmo tempo não quero, a nossa amizade está por um fio, e sinto esta tentação de regressar ao passado, e procurar consolo onde não devo, e não posso, o futuro é para a frente, não para trás.


Céus...


Estou a ficar louca...

Grrr! Raios partam a minha falta de coragem!

Que também pode ser conhecida como cobardia exacerbada.

Eu não entendo... Ainda tive uma vaga esperança que ela não fosse namorada dele, confesso que sim. Mas não... é mesmo.

Ontem estivemos a tarde tooooooooooooooda a falar na net. Toda. Começou mal, com uma resposta torta dele, mas como lhe respondi à letra, ele lá amansou.

E foi toda uma tarde de brincadeira, eu ria, tremia, estava gelada de estar a falar com ele. Foi tão bom! Tanta parvoíce, tanta brincadeira, tanta tolice... Daquelas conversas boas, de um início de relação... Tal como eu tinha com o meu noivo e depois deixaram de existir, o que segundo ele "é normal"...

O C. dá-me aquelas "borboletinhas", vocês sabem quais são...

Hoje de manhã, estivemos a falar outra vez. Na boa, mesmo, brincando, rindo... Eu não sei o que sinto por ele. Cada vez ele mexe mais comigo, e eu não entendo isto.

E não, apesar de ter atitudes de miúda pequena, não sou uma miúda pequena, já passei por isto antes, devia ser capaz de lidar com estas emoções contraditórias, mas não sou. Quando o assunto é o C., eu deixo de conseguir pensar.

Porque levei um ano a aperceber-me que gosto dele mais do que pensava?

E hoje... hoje ele atirou um "ti amo" por engano..
e apressou-se a corrigir: "desculpa, estava a falar com a mh namorada"

Porque senti outro baque no coração, apesar de já saber que ele namorava? Eu sonhei com isso, não é admiração nenhuma, os meus sonhos têm uma estranha tendência para se realizar. Só não se realizam quando são coisas boas,no género "mas descansa, ela é minha namorada só a brincar", disse-me ele no sonho, enquanto me puxava para um recanto e me beijava...

Quantas vezes ele já me beijou e abraçou em sonhos... Tantas, tantas... e eu fico sempre tão perturbada quando isso acontece!

Porque não sinto isto por quem devia? Alguém me explica?

Sim.,.. acho que estou a casar para fugir, e sei que é errado. Sei que não devo. Sei que estou a mexer com a felicidade de outra pessoa. Mas o que fazer quando essa pessoa me diz que me ama acima de tudo e que já não saberia viver sem mim?...

Fui eu que fiz merda, por isso tenho que ser eu a sofrer, é justo.

Só que,...

As coisas com o meu noivo já não estão a ir muito bem encaminhadas. Eu não sei mentir. Nunca soube. E ele sente que há algo diferente.

Disse-me que tem saudades de quando eu lhe estava sempre a mandar mensagens. De quando lhe telefonava tanto que ele chegava a pensar que eram vezes a mais...

Temos discutido todos os dias. Eu sei que embirro, é inconsciente, embirro sempre com o que ele propõe. Não consigo evitar.

Dos 50 minutos de conversa hoje, só ouvi os ultimos 20. Em que estivemos a discutir.

Isto não é normal.

Quero falar com o C., mas sei que não lhe posso dizer nada que não estrague a nossa amizade...

Mas enquanto penso no C., assunto sobre o qual não consigo (e será que quererei?...) por uma pedra, as coisas com o meu noivo vão-se deteriorando.

E eu não sei o que fazer....

Não posso só enterrar a cabeça na areia, como a avestruz?...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

De repente de repente...
Já não sei se tenho tantas certezas sobre o meu casamento... Mas conheço-me... nunca acabarei o noivado - sou demasiado cobarde para isso...
Dói-me o coração...
Por que só me permito perceber que alguém é importante depois de o perder?...
E alguém dar-me dois pares de estalos bem dados, não??

Estou com uma raiva de mim mesma!
Às vezes é preciso perdermos alguém que nunca tivemos para percebermos que gostaríamos de a ter tido!...

E assim estou eu com o C.
Não... este fim de semana dei-me conta que não é puro desejo animal. Afinal parece que me andei a enganar a mim mesma, de outra maneira não se justifica o coração gelado com que fiquei quando o vi com uma rapariga - penso que seja a namorada dele, ninguém abraça assim nem a irmã!

Céus, chorei tanto! Mas tanto! É que nessa mesma noite sonhei que ele tinha namorada... e nesse dia, pimba!, vejo a primeira foto dele no fb com uma rapariga que para além de parecer simpática é lindíssima!... Como, como fui acreditar na A., que me disse que ele gostava de mim?...

Mas depois a S. disse-me "tu vais casar, querias que ele esperasse por ti?"... E eu sei que ela tem razao.

Mas tem sido um fim de semana horrível.

Mandei-lhe uma mensagem simples, a desejar feliz Páscoa - nem a isso respondeu, não é normal! Não é!

Era uma mensagem que se manda a qualquer pessoa, a qualquer amiga ou amigo... e nada.
Mandei um email, nem resposta.

E agora, há 5 mn, encontrei-o no fb. Fui falar c ele, feita IDIOTA E ESTÚPIDA E BURRA E MASOQUISTA.

Claro que só ouvi respostas de merda... e referência à mensagem e ao email está quieta oh Maria. Nada. E de repente, "C. is offline".

Nem um adeus?

E ando a sofrer por um idiota destes?

Só quem me desse dois pares de estalos bem dados... é só o que mereço...

Porquê estes ciúmes?
Porque é que estou a reviver o que se passou há 3 anos atrás?

Porque é que sinto que o C. é o novo M. e o E. o novo L.?

Será que não aprendi a minha lição?

Só sei que estou gelada, e a tremer...

E amaldiçoo todos os sonhos que tenho com ele, em que ele me beija, em que ele me abraça.

Já não sei o que sinto, já não sei quem sou, estou à beira da loucura outra vez, desejo-o tanto... e isso é o pior de tudo!

Amo muito o E. Amo. Sim. Mas não me dá estas "borboletas" no estômago, não me dá esta vontade de saltar a sebe, não me dá esta ansiedade...

Mas tenho que ser forte e perceber a realidade.

Quem me trata assim, não é meu amigo.

E eu vou parar de pensar nele antes de saltar qualquer sebe!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Uma conversa com os pais ajuda sempre.
Aquilo que ontem me fez chorar e chorar, por causa do emprego, hoje já é apenas uma pequena preocupação.
Dou graças pelos pais que tenho, que me continuam a ajudar e a aconselhar, sempre, em todas as circunstâncias da minha vida...
Continuo chateada, sim, e revoltada pela injsutiça que estou a sofrer aqui.
Mas o facto de eles me terem dito "não te preocupes" fez-me logo sentir melhor...