terça-feira, 6 de abril de 2010

"No homem, o desejo gera o amor. Na mulher, o amor gera o desejo."



Conclusão: estou tramada...


E sabem quando dizem "amo-te" mas não o conseguem sentir? Mais vale não dizê-lo. Assim não enganam ninguém.


Foste incapaz de perceber pela minha voz que não estou bem. Incapaz de perceber pelo meu suspiro que nada está bem.


E não sei se me sinto triste ou aliviada - há explicações que não te posso dar...


Sei que tenho que procurar um afastamento. Isto a continuar assim envenena-me ainda mais.

Sinto este abismo a crescer entre nós... não sei o que se passou...Ou talvez saiba, talvez há um ano que saiba, e não queira admiti-lo.


Sei que me sinto cobarde, sem coragem para nada a não ser não pensar.


Quero seguir os meus impulsos... mas eles são errados.

E no entanto... no entanto ao longo deste ano foram vários os sinais que me deste. Ou terão sido imaginados?


Já não sei nada.

Já não quero saber de nada.

Já não quero sentir mais.

Pára, coração, de me pregar estas partidas.

Pára, por favor.


Sou nova, mas já tenho sofrido tanto por tua causa... pára de uma vez, coração.

Resigna-te ao que tens, pára de procurar o impossível.


São ambos comprometidos - e mesmo assim queres forçar...


Não sei o que sinto, não sei o que não sinto, quero mandar-lhe algo que lhe mostre que eu existo, que sempre existi, e ao mesmo tempo não quero, a nossa amizade está por um fio, e sinto esta tentação de regressar ao passado, e procurar consolo onde não devo, e não posso, o futuro é para a frente, não para trás.


Céus...


Estou a ficar louca...

3 comentários:

  1. Às vezes, é preciso parar. Pensa, respira, isola-te, chora, escreve. Tudo o que precisares, o tempo que precisares. Tens que escolher para avançar.

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  2. Ai ai... Também já estive demasiado confusa e quase quase que me precipitei. Felizmente consegui acalmar-me e controlar os sentimentos, ou melhor, compreende-los. :)
    Tu também vais conseguir...
    Bjinho **

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  3. Cecília... Se eu procuro esse afastamento vou levantar suspeitas... entendes? Queria fazê-lo, mas nunca o conseguiria. Tenho um anel de noivado no dedo... e a cada dia que passa ele pesa mais... Racionalmente sei que já escolhi, racionalmente ficarei como estou agora. Não posso nem quero (oh, se queria.... se queria ter coragem de o fazer...) arriscar a estabilidade pelo sonho... É mais fácil deixar de sonhar...

    Marie: Revivo o que passei há 3 anos. Há 3 anos precipitei-me... paguei muito caro. Sei que me precipitei porque segui os meus sentimentos, compreendi-os e segui-os... e paguei muito caro. Desta vez, compreendo os sentimentos... ou talvez não os compreenda... acho que não os compreendo... e queria compreender. Ou talvez os compreenda e tenha medo de o admitir...

    Muito obrigada pela vossa força, a sério.

    Vir aqui e deitar fora o que me atormenta é um alívio... No dia a dia não o posso fazer, há muitas "máscaras" a serem mantidas...

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Desabafa... mas com juízo.