quinta-feira, 11 de novembro de 2010

E antes que me desse conta, o primeiro passo foi dado...
"Se calhar não sou pessoa certa para ti", diz ele. "pois, se calhar não és", respondo eu. "Mas dizes isso agora, do nada?" "Não é do nada, E... não é do nada"...
E pronto. Há janelas que quando não estão bem fechadas, vem uma rabanada de vento e pimba, volta a abri-las.

Já passei por isto antes, há 3 anos e meio que ando nisto, penso nele, deixo de pensar nele, volto a pensar nele...

Por vezes dou por mim a pensar. Se ele saísse de onde está, o que faria eu? E o que me deixa triste é que sei a resposta. Não pensava duas vezes. E sei que estou a ser injusta com o E., estou a ser hipócrita, mas que posso fazer? Quem me dera não pensar mais nele, a sério! Mas não consigo, e isso deixa-me tão triste...

Vou sabendo dele aos bocadinhos, e tenho que fingir perante todos que não me importa onde está, o que faz, e é MENTIRA! É absolutamente mentira, mas que posso fazer? Não adianta mandar mensagens, não adianta querer continuar a amizade (qual amizade?... ele deitou-a pela janela), mas estou sempre à procura de uma desculpa que me permita fazê-lo sem levantar suspeitas...

MERDA, M.! Quando vais sair de uma vez por todas da minha cabeça??

Assusta-me de verdade saber que mesmo que ele não saia de onde está, nunca sairá da minha cabeça. E houvesse uma oportunidade, eu não pensaria duas vezes. (agora podem cair-me em cima e chamar-me o que quiserem, mentirosa, hipócrita. Sei que o sou, mas não tenho coragem de voltar a ficar sozinha...). Como se consegue gostar de alguém e ao mesmo tempo odiar essa pessoa?...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Voltei...

Ao contrário do que possam ter pensado, ainda não "desapareci" de combate.
Não me tem apetecido vir cá... e para dizer a verdade nem tenho tido tempo.
Andei um pouco melhor, mas a verdade é que me sinto a recair em algum fosso de onde já tinha saído, e como alguém me disse, "escrever ajuda"... e é verdade.
Por isso quero ver se à medida que vou precisando, vou conseguindo aparecer por aqui, desabafar um bocado.

É que quando tudo parece melhorar, arranjo desculpas para voltar a contactar com o M.
Mas será que isto nunca mais vai passar? Eu conseguia ter obtido a informação que queria através de outra pessoa. Mas não... a consequência é ter voltado a pensar nele. E saber que ele voltou à nossa terra... mexe comigo.
Porque será que não consigo esquecê-lo? Que volta e meia tudo ressurge? Não é justo! Quem me dera controlar os meus sentimentos...

domingo, 13 de junho de 2010

Estou farta, sinto-me perdida, sinto-me desesperada, e essa é a verdade.
Só tenho nova consulta no dia 23, esqueci-me de ir fazer as análises, já ouvi da minha mãe por causa disso. Eu sei, fui irresponsável. Mas a verdade... a verdade é que tenho tanta merda na cabeça que não me consigo lembrar de tudo.

Estou à rasca com o exame. Só tenho mais duas aulas, o professor está-se literalmente a cagar para mim, ainda não ouviu uma das peças que vou levar a exame, e em relação ao concerto vai-mo lixar todo. A única vez que o tocámos juntos do início ao fim o gajo patinou mais que eu, fazendo-me perder totalmente ao ponto de ter de tirar as mãos do teclado e perguntar-lhe que raio estava a fazer. Resposta? "conte os tempos sozinha". Grande professor, obrigada! Sinto-me tão apoiada por ele! Sou literalmente auto didata. E ainda tenho de o ouvir dizer "se as coisas não lhe saem comigo não lhe saem com o juri, não sei se passará o exame". Que bom. Para a minha auto estima, nada melhor!

O outro idiota de História... não me responde aos emails, não responde aos emails do departamento, mudou uma frequência para uma data ilegal e deu de frosques. Estou farta daquilo. Farta. Já não vou fazer a segunda frequência, estou a cagar-me pro 17 que tive na primeira... não preciso dele nem da cadeira nem dos créditos, mas magoa porque quando ele precisou fui a única que o ajudou. É sempre assim, mas custa continuar a apanhar patadas.

Mestrado?

Alguém me aconselhou a desistir no próximo ano lectivo para viver um pouco. A mesma pessoa hoje já me disse o contrário. Que se não concorrer, toda a gente me vai passar à frente.

Estou perdida, não sei para onde me virar.

Só me apetece desaparecer para bem longe, gritar "Ide-vos lixar, ide fazer amor sozinhos, deixem-me em paz de uma vez por todas!!"

Quero chorar, e não posso, estou de baixa psiquiátrica contra vontade da minha família, querem que eu volte a trabalhar mais cedo do que o médico quer, eu não sei o que fazer, sinto-me desesperada e ninguém se dá conta disso.

Casamento?

Quanta gente me diz que é um erro... e eu estou tão frágil que já não sei o que pensar. Sei que ele é a minha âncora, que não vejo mais ninguém ao meu lado, que é a ele que quero para pai dos meus filhos, que a partir do próximo ano vamos tentar engravidar... mas só me atiram em cara que é um erro, e um erro, e um erro, e um erro, e eu já não sei o que pensar!

Tudo me custa, sinto tudo exagerado, como se fosse tudo uma cabala contra mim, apesar de saber que não é.

Infelizmente ontem estava tão em baixo que voltei a discutir com ele. Implorei-lhe algo, roguei, baixei-me, humilhei-me. E para quê? Quando eu própria me podia ouvir? Fiquei a sentir-me uma cabra sem sentimentos, claro que não dormi nem com uma junção de lendormin e lexotan.

Não sei o que sentir...

Quero desaparecer...

tive que interromper a medicação, ficava mais doente que saudável, mas sinto-lhe a falta... agora choro por tudo, ando irascível, com mau humor.

Deixem-me em paz, caraças! Deixem-me em paz! Deixem-me ser eu e chorar a dor que me vai na alma sem me julgarem!

sábado, 5 de junho de 2010

Ando com um humor de cão...
Mudaram-me a medicação, o médico na 3f disse que o que eu estava a fazer não tinha sentido nenhum, e que era por isso que não dormia. Além disso, disse-me que a minha adrenalina está extremamente alta, desde pelo menos Janeiro, e que é por essa razão que me sinto como me sinto.

E como me sinto?

Anti-social.
Não me apetece sair, não me apetece ver ninguém, é uma benção estar sozinha este fim de semana. Não me apetece falar, nem escrever me apetece! Mas o Outro Modo de Ser é mesmo para estas ocasiões.

Para quando preciso de gritar bem alto "MERDA PARA TUDO!"

Não há objectivamente nada que me faça estar assim, e ao mesmo tempo tudo me faz estar assim.

Continuo a não dormir, mesmo com a nova medicação.

Hoje acordei à uma, às quatro, às 7, às 8 e às 9.30. Ainda tentei descansar mais um bocado mas foi impossível. De cada vez que acordava, levava uma eternidade a adormecer, e os bocadinhos que dormia não era um descanso profundo, estava sempre meio acordada. De que me adianta tomar lendormin se nem com isso melhoro? Se nem com isso tenho direito a uma noite de sono seguido, sem acordar, sem ter que adormecer 3 e 4 vezes por noite? Ando cansada... tão cansada... felizmente os pesadelos acabaram, já não é mau.

O médico passou-me uma baixa de 30 dias. A minha Mãe ia-me matando. Não queria que eu tivesse direito a baixa, porque pode ter implicações a nível profissional, e tudo o mais.
Eu sei disso!

Mas o que é mais importante? Um mês de ordenado ou a minha saúde mental?

Ela anda mal disposta comigo. Acusou-me de ter pedido a baixa (eu não pedi nada, o médico é que disse que eu precisava!) para "namorar por telefone"... É mentira! Tenho 25 anos, acho que a fase do "namoro por telefone" já passou... Sim, falo muito tempo ao telefone, mas porque estamos longe, as chamadas são de borla e queremos manter contacto um com o outro. Onde é que isso é crime?

Entretanto já me começou a dizer que eu devia interromper a baixa mais cedo, e isto, e aquilo... eu já não sei o que fazer.

O que eu temia aconteceu: bastou eu dizer que estava de baixa, e no dia seguinte ela começou a dizer que estava pior, que se sentia pior, que estava a piorar... Agora sinto-me culpada porque sei que é por minha causa que ela piorou da depressão dela.

Faz-me perguntas difíceis sobre o futuro e eu não lhe sei responder. Eu não sei onde vou estar em Setembro. Queira Deus que os meus curricula tenham resposta rápida... e positiva!

Se for negativa, terei de continuar onde estou e tentar para o próximo ano. O que magoa é que ela pensa que eu vivo num mundo à parte. Não vivo. Sei que não posso largar o que tenho sem ter algo concreto nas mãos... mas ela não acredita em mim! Simplesmente não acredita... desde há 3 anos que não acredita nem confia em mim, e o triste é que sei que não a posso culpar. Quem fez merda fui eu...

E depois tenho o E. no outro prato da balança. Tenho que conjugar muito bem o tempo que estou com ele, o tempo que estou com a minha mãe... não lhe quero dar uma única razão para pensar que vou usar a minha baixa para namorar. E ele entende isso, mas também fica meio magoado por eu estar sempre a ceder ao que a minha mãe quer.

Muita gente diz que eu tenho que partir para um "conflito", que tenho que me afirmar. Que tenho 25 anos e não 15 como eu própria digo.

Mas... falta-me a coragem... falta-me a energia. Falta-me tudo porque sei que a vou magoar... e com isto tudo ando pior, sem paciência para nada, para ninguém.

A nova medicação tira-me a fome toda, mal como, ando enjoada, com dores de cabeça, com tonturas, tudo efeitos secundários como estive a constatar.

Sei lá... estou simplesmente...

anti-social. Anti tudo. Bah, que merda de sensação... e não consigo sair dela! Quero, mas é como se estivesse presa a algo que me sufoca!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ando estranhamente... anti-social.
Não me apetece ver ninguém, falar com ninguém, estar com ninguém...
Até com o E. me aborrece falar ao telefone, não sei porquê.
Bah, detesto estar assim. Mas é o que me apetece. Estar sozinha, enfiar-me na cama, e ficar simplesmente à espera que o tempo passe... :S

Não era suposto a nova medicação funcionar? Então porque me sinto como um poço de hormonas aos saltos?...

:'(

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Não sei mesmo o que tenho, mas acordei estupidamente irritada.
Não tenho razões para me sentir assim (quer dizer, até tenho umas chatices, mas nada que justifique isto), e no entanto sinto-me com uma nuvem mais do que preta e densa em cima da minha cabeça.

Os Lexotan que tomo para dormir em nada têm ajudado. Acordo todas as noites super sobressaltada, sem saber onde estou, olho para as horas e elas não fazem sentido, sinto-me pronta para o trabalho às 3 da manhã, mas às 7.30 não me consigo levantar, tenho pesadelos todas as noites, sinto os horários internos todos trocados... Posso andar o dia todo a morrer de sono, que chega à noite, enfio-me na cama e pimba!, acordo e nada me faz adormecer. Estou farta disso!

Já não sei o que se passa comigo. Pensei que estava a ficar melhor, e hoje, do nada, sinto-me outra vez assim. Irritada, mal disposta com o mundo, quero é enfiar-me em casa e não falar com ninguém, quero que me deixem em paz no meu quarto, no meu cantinho de paz, mas nem isso é possível porque tenho uns vizinhos com a música sempre aos berros.

Sim, hoje estou mal disposta, anti-social, carrancuda. Já me deram boas notícias hoje, e apesar de ficar contente com as pessoas e pelo que de bom lhes está a acontecer, a minha voz não o transmite porque me sinto mal. Não estou triste, nem nada disso. Simplesmente zangada, e nem sei com o quê.

Que raiva, que neura sentir-me assim! É daqueles dias que mais valia a pena ter ficado a dormir o dia todo sem querer saber do trabalho ou dos estudos ou do que quer que fosse. Simplesmente... sozinha no meu quarto, na minha cama, com o Urso Simão.

Miminho para animar o dia

A DarkAngel parece que adivinha quando eu preciso de algo para me animar o dia... e vai daí resolveu oferecer-me um miminho para este blog. E é lindo, Dark, obrigada!

As regras são simples.

Em primeiro lugar, postar o selo:




De seguida, tenho que dizer o que me deixa feliz e o que me deixa triste.
Pode não parecer mas não é assim tão simples...

Começo pelo que me deixa triste: discutir com a minha Mãe, que amo acima de tudo; sentir-me mal comigo mesma; ver campanhas como o Banco Alimentar Contra a Fome a tentar distribuir sacos no modelo e toda a gente a ignorar (a sério, mexeu comigo de uma maneira terrível); não ter tempo para mim, para o piano, sentir que não consigo progredir; estar longe do meu noivo; pensar no meu passado atribulado; sentir-me culpada sempre que o Almirante me liga e eu não atendo; ver a minha mãe e a minha irmã tristes e a chorar... De certo há mais coisas, mas hoje é disto que me lembro.

Quanto ao que me deixa feliz... bastam pequenos gestos, pequenos momentos: um compasso de música que me saia bem, estar 3 ou 4 horas a tocar e a sentir que consigo fazer isto, cheirar a terra e a relva acabadas de regar, ler um livro numa cadeira de baloiço a apanhar a suave brisa da tarde, abraçar a minha Mãe e a minha irmã como se não houvesse amanhã, fazer um piquenique com a minha família, pensar no meu casamento, ver vestidos de noiva... sei lá, há tanta coisa que me faz ter momentos de felicidade... (sim, porque acredito que a felicidade não é algo que se tenha todos os dias a todas as horas. Há sim momentos de felicidade que recheiam a nossa vida, e é a eles que temos que nos agarrar.... digo eu...)

Obrigada DarkAngel, foste como sempre uma querida.

Não vou nomear blogs, mas todas as fantásticas mulheres que aqui passam por favor levem-no para o vosso cantinho e continuem a circular este selo que nos faz sentir bem =) É o meu desafio para vocês!

Há um outro selo, que já me foi dedicado há algum tempo por uma bloggger que infelizmente já se retirou destas paragens (pelo menos durante algum tempo). Só agora o vou conseguir postar...

Cá vai ele!




Quanto às regras... aqui seguem!

) Não divulgar quem lhe brindou.

2) A razão de ter um blog. - Este blog foi criado para eu poder desabafar de tudo o que não posso desabafar no blog "oficial"... e tem sido excelente, tem-me ajudado muito, mais do que qualquer pessoa imagina...

3) A razão de ter recebido o selo. - Ao que a blogger dizia, eu tenho outra maneira de ser e isso valeu-me ganhar este selo bonito.

4) Pôr por tópicos o nome dos 15 blogues sem revelar o verdadeiro nome. O bloguista terá que descobrir! E tu, terás de ver!

Bem... vou fazer como com o selo anterior! FREE-PASS for everyone! Peguem, levem, distribuam, e mostrem aos blogs de que gostam que os acham dignos de existir!!!!

Assim que puder, venho cá fazer um "update" da minha situação... que a coisa anda um pouco negra, mas agora ainda não me apetece muito falar nisso....

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Amanhã vou a uma consulta que me custou muito marcar.
Perante os outros, só vou porque preciso de uma baixa médica porque ando cansada. Esgotada, para ser mais sincera. Tão esgotada que já nem durmo, nem com as ajudas do lexotan ou do lendormin (o que, convenhamos, é grave).
Mas a verdade é que já há algum tempo que eu queria esta consulta. Só não tinha coragem de o admitir, por medo que pensassem que eu estava a exagerar ou a "fazer fitas" (o que, pensando melhor, é completamente ridículo, visto que quem me conhece sabe que eu não sou pessoa para fingir; aliás, se alguma coisa fingir é que estou bem, nunca o contrário).
Não sei a que horas vou passar, porque nunca há horas certas com aquele médico.
Confesso que estou nervosa, e com medo que ele conte as coisas à minha mãe (porque também é o médico dela...), mas tenho de confiar que não. Além disso, só tenho ouvido bem dele. Espero que ele amanhã não falte à consulta... às vezes faz isso sem avisar, por causa da sua saúde...
Hoje estou outra vez com as energias em baixo, nem o café ajuda, e bebi 3 chávenas ao pequeno almoço. Mas estou num estado em que nem isso ajuda, bebê-lo ou não é indiferente. Continuo com alterações de estado de humor durante o dia; parece que não consigo manter a mesma disposição durante 3h seguidas. São mudanças repentinas que eu detesto! Detesto mesmo, porque então quando é para mudar para o mau humor, transformo-me num "monstro" que de simpático não tem nada e só diz porcaria... apesar de saber que não a deve dizer. Mas não me consigo controlar. Bah, que treta! Detesto estar assim...
Noutra nota. A C., a S. e a O. (T.) têm sido incansáveis comigo. A darem-me nas orelhas quando preciso. Estão sempre lá para mim, com uma palavra amiga, com um conselho valioso, com coisas para eu reflectir.
Graças a elas, tenho tentado "corrigir", ou mudar, algumas coisas no meu pensamento e na minha maneira de ver a vida.
Começo a perceber que ninguém é responsável pela minha felicidade a não ser eu própria. Se eu me anular sempre, todas as vezes, se eu não aprender a dizer não, se eu não aprender a afirmar os meus "sim's", como posso pretender ser feliz?
Não dá!
Eu amo muito a minha mãe. É a pessoa que mais amo à face da terra. Tenho medo dela porque tenho medo de ser a causadora do retrocesso no seu tratamento.
Mas de facto a lógica das coisas é os pais verem os filhos felizes.
Se ela me vir feliz, completa, realizada com o meu trabalho, com o meu casamento, com a minha vida, não será melhor do que me ver a chorar todos os dias por causa da minha situação actual?
Acho que tenho estado erradamente à espera que uns comprimidos ou um noivo ou umas amizades ou uma família me entreguem de mão beijada aquilo que é meu dever conquistar e lutar por ter: a minha felicidade.
Tenho pensado muito nos conselhos destas 3 amigas, cada uma com o seu ponto de vista, cada uma à sua maneira, e todas com razão.
E sei agora que hei de conseguir vencer este bicho que me assolou, e vou conseguir ser feliz.
Estou consciente de que a batalha mal começou. Ainda vou ter de ouvir muito e por muitas razões (mudar de cidade, casar com um estrangeiro, deixar este emprego). Mas se eu não for feliz, de que me adianta apenas fazer o que os outros querem?
Afinal de contas... sou adulta, não sou? Tenho 25 anos e muitas vezes por medo nem sei de quê ajo como se tivesse apenas 15... não dá.
Obrigada a vocês, C., S. e T., por toda a ajuda que me têm dado, ainda que não se dêem conta disso....

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Grande sentido de oportunidade.
Eu tinha que abrir a boca para as dores aparecerem.

Não sei como me sentir.
Por um lado, acho que estou aliviada.

Por outro estou triste.

Mas isto faz algum sentido? Nã0 na minha cabeça... mas é como me sinto. Mais de metade do meu ser está triste por mais esta "oportunidade perdida", tal é o meu desejo de ter um filho...

Desde os 16 anos que sonho com isso. E não era aquele sonhar de adolescente, etéreo e nada consciente.

O que quero dizer é que tinha 16 anos quando comecei a sonhar com a minha gravidez.

Eu sentia tudo, nos sonhos. As dores de parto, o bebé a mexer-se dentro de mim, e o amor que nunca senti nesta vida por aquela criaturinha tão pequenina e tão indefesa que a mim se agarrava, como se mais nada interessasse.

Com o passar do tempo, os sonhos foram adquirindo maior e maior intensidade, ao ponto de perturbarem o meu dia, mesmo quando acordava, eu continuava a sentir tudo.

Agora tenho 25 anos. É a altura certa para mim. Sei que é. Não só é uma gravidez desejada, como tenho, junto com o E., capacidades de criar uma criança.

Daí a minha tristeza.
E ao mesmo tempo, o meu alívio. Se eu aparecesse grávida em casa sem estar casada, não sei como a minha mãe reagiria... mas nada bem, de certeza absoluta. E não interessa estar noiva, ter trabalho e ter 25 anos. Disso tenho a certeza.

Maldita dicotomia de sentimentos...

Endoideci de vez...

Depois de uma gigantesca discussão com o E. (e sim, admito que a culpa foi minha; por vezes, parece que me sinto a deixar de ser eu, parece que saio de mim e fico a contemplar o meu corpo possuído por alguém mau que parece ter prazer em dizer coisas más e que magoam, e o pior é que não me consigo controlar...), decidimos adiantar o casamento.

Já estou por tudo.

Casaremos, se tudo correr pelo melhor, em Março.

Não é a melhor altura... mas preciso dele. Não aguento estar apenas com ele menos de 24h por semana. Não dá. Ele é a minha âncora, sem a qual dou ao largo.

O ridículo da questão?

É que a discussão foi originada pela palavra "bebé".

Eu sei que é ele que tem razão... mas o meu lado emocional não me deixa pensar assim.
O ridículo da questão? O irónico? É que estou atrasada e enjoada.

Que bonito... ou então não, porque se calho a estar grávida, os meus pais abrem época de caça e perseguem-me com uma caçadeira de canos serrados...

Posso praguejar?
Por favor?

Foi um fim de semana horrível. E o pior foi tê-lo ouvido dizer que precisava que eu lhe provasse que sou a mesma pessoa por quem ele se apaixonou... E o pior é que sei que ele tem razão.

Sinto-me tão triste quando o magoo, e ao mesmo tempo, parece que não me consigo conter... é horrível, francamente horrível!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

PORRA!!!!

Nem aqui me deixam em paz?
Metam-se nas vossas vidas, car***o!
Estou aqui estou a um passo de privar este blog, ou de o transferir.

Pressinto

Que hoje vai ser outro dia como 3f... sempre a cair para o lado com sono. Bebi 2 chávenas de café de manhã, mas o efeito foi zero.

Estou com energia abaixo de zero, só quero uma cama para me deitar e dormir e repor energias.
God, ando mesmo cansada...
Além disso, há 2 dias que não consigo estudar, sinto os músculos na zona do ombro como se estivessem a ser esmagados, o que automaticamente me tira a força toda nos braços, pulsos e mãos... e dói como tudo!...

Não entendo por que é que a medicação umas vezes me faz literalmente andar aos pulos e outras vezes me faz andar estilo zombie...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

I just want to say....

Muahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah!

Virei cabrinha e deixei um post dedicado ao "querido" ex, mas sem referir nomes nem nada.
E não é que ele se picou??

Agora é que a festa vai começar!

Gozou comigo 3 anos e meio, agora it's my turn!!!

Reveange, sweet reveange!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Há ironias fantásticas, não há?

Hoje faria 6 anos de namoro com o meu ex-namorado.
Curiosamente, foi hoje o dia em que enchi o copo e o bloqueei. Nem tão cedo faço tenção de voltar a falar com ele... Fogo!... Queria ser amigo, amigo, mas leva a mal tudo o que lhe digo? Não estou para isso! Não estou mesmo!

Se não gostou de ouvir a verdade, se não gostou de ouvir que se continua com atitudes de merda, qualquer dia não tem um único amigo ao lado, TEMOS PENA.

Nem sei como aguentei 3 anos e meio com ele, a sentir-me inferiorizada, humilhada, porque só ele é que sabia tudo.

Hoje olho para trás e sinto-me humilhada com as coisas que ele me fez. Inclusivamente mandar-me "bater uma". Sim, que sua excelência não se dignava a ir para a cama comigo e queria lá saber se eu tinha necessidades ou não.

E agora aparentemente "não está para aturar as minhas conversas".

Pois bem, à laia de publicidade Nicola:

Um dia mando-o À MERDA DEFINITIVAMENTE.
Hoje foi o dia.

Sinto-me muito mais livre!
Epá...

Esta tarde está a ser uma aventura...

Estava super nervosa ao ir falar com *ela*. Sinto que há algo entre nós, uma espécie de ódio de estimação que dura desde que comecei a trabalhar... não consigo perceber o que *ela* tem contra mim... mas pronto, lá fui.

As mãos escorriam suor, o coração batia imenso e ainda por cima estavam mais duas pessoas no gabinete. Senti-me total e completamente observada da cabeça aos pés, julgada por cada cabelo fora do sítio, pela roupa que não é de marca, por não estar maquilhada, por não usar sapatos altos. Pode ser só mania da perseguição, mas foi o que senti...

Adiante.

Lá falei do que me levava ali, na esperança que *ela* desse seguimento ao assunto.

Mas eu sou ingénua ou quê?? Claro que despachou tudo para cima de mim. Entrar em contactos com pessoas que nem conheço, para tratar de assuntos no interesse dela. Se eu já estava nervosa antes, então imaginem depois, que tive que telefonar para a pessoa que trabalha fora da instituição mas para ela [instituição] quando o meu posto de trabalho visa suprimir o dela e ela tem mais anos de trabalho aqui que eu de vida...

Esta tarde não está a ser fácil... nada. Só quero ir para casa...
Tenho que ir falar agora com a minha superior hierárquica.
Isso faz-me ficar doente... :s
Finalmente descobri o comprimido que me causava aquele mal-estar. Lasix, lamento, mas foste despedido. Quero lá saber da retenção de líquidos... Sei que hoje só tomei a fluoxetina, estou um pouco enjoada porque não gosto do sabor daquilo, mas pelo menos não tenho vontade de jogar o estômago fora e comprar outro...

A todos os que na postagem anterior me manifestaram a sua preocupação, queria deixar aqui o meu obrigada. A sério. Sabe bem ouvir algumas palavras de conforto quando estamos mais em baixo.

A medicação anda a dar cabo de mim. Na segunda feira, estava completamente eléctrica. Ok, fui à consulta de auriculoterapia e a médica desbloqueou-me os pontos de stress. Diz que eu ando com um stress tão grande em cima que mal se conseguem descobrir os pontos que se têm que pressionar. Mas lá os encontrou, e desbloqueou-os. Só sei que entre isso, a fluoxetina e o cipralex, na segunda feira eu não parava quieta. Era impossível. Tinha sempre uma das pernas a tremer, como se estivesse impaciente, sem que realmente o estivesse. Quando não era a perna, eram os dedos, como se estivesse a tocar num teclado imaginário. E na 3f... toda essa energia não sei para onde foi. Passei o dia completamente zombie. Ia adormecendo na aula de piano (!!!!) e ainda tive que ouvir o meu adorado professor dizer que não tinha nada a ver com o facto de eu andar medicada. Certo, profissionalmente talvez não tenha, mas e humanamente? Não consegui tocar nada, os dedos não respondiam, passei o dia sem forças, a bocejar, a desejar chegar a casa. E na viagem de regresso, passou-se algo que nunca me tinha acontecido. Menos mal que dei boleia a um colega, que falou a viagem toda e não me deixou adormecer ao volante...
Na estrada por onde eu venho, há imensas pequeninas aldeias com semáforos limitadores de velocidade. E por duas vezes eu estava a ver o semáforo verde e o cérebro foi incapaz de processar a informação de que verde significa avançar. Quando dei por mim, estava parada nos semáforos, à espera de não sei o quê para avançar. Eu parecia um autómato, sem conseguir processar nada, e isso assustou-me. Não conseguia sequer manter o carro direito na estrada, tal como se tivesse bebido. E isso não me pode acontecer, porque até Julho dependo de mim para poder ir a Évora às aulas... não tenho quem me leve, e os transportes públicos são mentira para lá chegar... Ou por outra, poderia ir, mas dado que trabalho e só tenho um dia para ir lá, não tenho transporte que me ajude...

Ando assustada comigo. Não controlo as emoções, não controlo estados de espírito, tão depressa estou bem, e a rir, e a cantar, e com imensa energia, como no momento a seguir parece que sou outra pessoa. De mau humor, triste, impaciente, zangada, sensível. Há anos que é assim. Não consigo controlar estas mudanças de humor, e sinceramente começam a cansar-me. Não tenho razões para estar triste. Já tive, há anos, mas agora não tenho.

Ok, não gosto do meu trabalho, mas dá-me um vencimento ao fim do mês. Estou a lutar para trabalhar no que gosto (continuo à espera de respostas, mas a esperança é a última a morrer), tenho um noivo fantástico (mas mesmo na minha relação as mudanças de humor são constantes... não sei como ele aguenta...), uma família que me adora e que só quer o melhor para mim. Então porque ando tantas vezes triste? Não sei, e isso deixa-me irritada comigo. Dá-me ideia de que sou uma miúda mimada, quando não é a verdade. Tudo aquilo que quero, luto para ter, não me vem parar às mãos de mão beijada... e ainda bem, porque assim tem outro sabor.

Dia 27 tenho consulta num psiquiatra. Talvez já devesse ter feito isto há muito tempo. Mas a última experiência que tive foi horrível. Ter sido gozada por uma profissional depois de me tentar matar não foi a melhor maneira de voltar a confiar em ninguém da área...

Mas sinto que preciso de ajuda, por muito fraca que isso me faça sentir, por muita vergonha que tenha de não ser auto-suficiente para sair desta fossa em que me sinto... e o pior é que ninguém à minha volta se dá conta da fossa em que me sinto. Porque tento sempre rir, e minimizar os meus problemas. Mesmo quando estou de mau humor, nunca digo a ninguém o que se passa, até porque nem eu própria sei.

Além disso, a minha novela mexicana parece não acabar. Há cerca de uns anos, antes de namorar com o E., gostei imenso de um colega de curso meu, de quem acabei por ficar muito amiga mesmo. Como vi rapidamente que nunca teria hipóteses com ele, contentei-me em ser a sua confidente, em ouvir todas as suas tentativas de engate (que falhavam sempre e eu, egoísta, até ficava um pouco contente com isso, porque na altura não teria aguentado vê-lo com alguém), e cheguei até a fazer de "casamenteira" perante as raparigas por quem ele tinha pancadas. Tudo bem. Passávamos imenso tempo juntos, ele jantava quase todos os dias em minha casa, lanchávamos juntos, saíamos juntos, mas sempre sempre como amigos, nunca se passou nada.
Neste fim de semana, eu e uma grande amiga minha (de quem esse meu amigo gostou há anos) estivemos a falar com ele na internet durante horas. E eis que ele me pede para fazer de "casamenteira" outra vez, pede-me email, contacto telefónico. Como ele já não vai para novo, acedi ao pedido dele. Marcámos todos um café para segunda à noite (porque a rapariga por quem ele tem uma pancada nunca aceitaria um café sozinha com ele neste momento). Fomos 5 pessoas. No entando, a noite só não ficou estragada porque eu estava com aquela energia que já vos falei, e o E. e a A. estavam da mesma maneira. Sim, porque eles os dois nem abriam a boca. Creio que até o muro de berlim era mais estreito do que a fossa que entre eles se abrira. Ignoraram-se totalmente a noite toda, foi incrível, mandaram um mau ambiente para a mesa... ela então, que estava de boleia comigo, passou a noite a dizer "quero ir embora, quero ir embora, estou com sono, quero ir embora".

Eu não quero ser má para ninguém, mas... raramente saio, estava a divertir-me imenso (porque a minha energia não se deixou afectar pela guerra fria que existia na mesa), estava a dar boleia à miúda, e ainda tenho de levar com as trombas dela, que se quer ir embora, que se quer ir embora, que se quer embora?... Quando eu estou de boleia, das duas uma. Ou aguento até quem me dá boleia se ir embora sem refilar ou então pego nas patinhas e bazo... mas aparentemente sou só eu. Já não sabia onde me meter...

Bah...

Postagem mais longa e inútil de sempre, mas soube-me tão bem desabafar...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Que belo início de dia! (NOT!)

Estou enjoada que nem um bacalhau!

Os comprimidos/xaropes para a depressão estão a entrar em conflito com os restantes. Que bonito...

Também com a quantidade de merdas que tomo...

  1. Lasix
  2. Cipralex
  3. Avamys
  4. Symbicort
  5. Pulmicort
  6. Fluoxetina
  7. Singulair
  8. Lexotan/Lendormin/Circadin
  9. Livetan
  10. e quando as alergias atacam mais, Atarax/Aerius/Kestine
Querem trocar comigo?... Estou farta de tantos comprimidos e xaropes, hoje nem o pequeno almoço consegui tomar. Apenas uma chávena de café e uma daquelas tostinhas pequeninas integrais... não entrou mais nada porque de repente comecei a ficar enjoada, enjoada, enjoada, e com um sabor estranho na boca do raio da Fluoxetina. Agora só me apetece beber água...

Enfim...

Como se não bastasse, tenho o E. a dizer-me que ou o tal rapaz de quem vos falei (o que se estava a atirar a mim) se afasta definitivamente de mim, ou os dois vão ter um grave problema um com o outro. Eles não se conhecem, mas tendo em conta que o E. é para aí metade do outro... :S:S:S Nota Mental: NUNCA os apresentar. Não quero testemunhar um banho de sangue...

sábado, 15 de maio de 2010

Mas tenho mel ou quê???

Alguém me explique isto, porque deve ser karma ou qualquer treta no género...

Como é que eu estou SEMPRE no centro de confusões amorosas???

Tenho a vida amorosa numa complicação que anda sempre a querer mostrar-se, e não obstante, ainda faço de cupido para todos... Bah...

Já chateia! É viver as mesmas situações vezes e vezes sem conta! E com as mesmas pessoas.

Isto já não é triângulo amoroso... é um quadrado! E eu a tentar segurar todas as pontas e a ouvir todas as partes!

GRRRRRR!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Já está!

Enchi-me de coragem e enviei o curriculo. Para 3 conservatórios diferentes.

Que seja o que Deus quiser!!

(porque sinto o coração tão apertado?.... estou a ser tão egoísta... a minha mãe vai matar-me....)

Ai o caneco...

Epá...

Já não sei o que hei de fazer.
Como calculava, a minha mãe reagiu mesmo muito mal à proposta de trabalho que me obriga a mudar de cidade. Já calculava... só não esperei que ela (re)começasse com jogadas psicológicas. Que a estou a abandonar. Que ela (não) espera que eu faça por ela o que ela fez pelos meus avós. Que em Setembro "toda a tua merda sai deste quarto, não fica cá nada", "que na casa de X com "o gajo" não ficas", "que te vais casar com um estrangeiro e ele vai-te proibir de estares comigo", "que te vais embora, que te vou perder, que vais deixar de estar aqui, mas a vida é tua, e vais para um sítio onde não tens estabilidade, e tu é que sabes, eu não te posso ajudar" e sei lá mais o quê. E isto só porque eu contei que se calhar me iam contactar de um determinado sítio. Nem que de propósito, duas horas a seguir recebo uma mensagem para enviar o currrículo, que gostaram de mim como candidata, que tenho boas hipóteses.
As vantagens deste trabalho?
Vou estar com as mesmas condições que estou agora (contrato de um ano, segurança social, subsídios de férias e natal) MAS a fazer o que adoro, o que sempre quis fazer, em vez de estar num emprego que me consome, que me desgasta, que me destrói. Além disso, fico muito mais perto de Lx, onde quero fazer o meu mestrado. Resposta a isto: "mas quando vais parar de estudar? Pára! Descansa!", quando há uns meses a conversa era "tens que fazer mestrado, tens que entrar em mestrado, toda a gente te passa à frente". Como se duas licenciaturas aos 25 anos não chegassem...
As desvantagens?
Deixo a minha mãe infeliz e a pensar que a abandono. Tenho que sair de casa (não que seja um problema para mim... mas para ela é...), deixo de a poder ajudar como até agora, a ela, à minha irmã, ao meu pai. O sentimento de culpa que ela já me está a deixar é quase suficiente para me impedir de mandar currículo, e hoje é o último dia que tenho para o fazer.
Além disso, queria ter sido eu a contar ao meu pai e à minha irmã, queria tê-los levado a jantar fora, comemorar. Mas não. Ela tinha de atirar isso ao meu pai da pior das maneiras. Como se fosse algo mau, e não algo bom, o que me está a acontecer...
"Gostaram de ti como candidata. Não te quero dar falsas esperanças, mas podes vir a conseguir o trabalho"...
Toda a felicidade pelo cano abaixo...
Pior que isto, é ela tentar virar-me contra o meu noivo.
E eu acabei por ceder.
Disse-lhe que por ela, não saio da minha cidade, e se isso trouxer consequências negativas para a minha relação, paciência, eu aguentá-las-ei.
E agora dizer isso ao E.?...

Sou mesmo parva. Parva, estúpida e fraca.

Às vezes, penso que mais valia nunca ter arranjado ninguém, abdicar de todos os meus sonhos e simplesmente ficar com ela para sempre. Sim, porque essa é a conversa dela. Que está velha, que qualquer dia morre.

Será que não se dá conta do que me magoa ouvir isso?
Ou ouvir "sai já de casa, vai-te embora, vai ter com ele"?...

Chorei tanto, mas tanto este fim de semana, quando só tinha era motivos para estar feliz...

E porque me foi pedido

Aqui segue também o selo Dardos para o Toninho. =)

Desculpa não me ter lembrado logo em primeiro lugar :'(

Beijinhos

Rita

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Selo

E pronto, só hoje consegui avisar as pessoas de que lhes tinha enviado um selinho.
O tempo tem andado escasso... muito escasso...
Há um blog que não pude avisar por ser privado e eu só ser convidada na minha conta principal... tenho que ver como dou volta à situação!

Em relação a tudo o resto...

Tenho a dizer isto: one down, one to go!

O C. já consegui atirá-lo para o fundo da minha mente (bem, não totalmente, mas estou a trabalhar nisso!). Quanto ao outro... epá... estou a ver que vou ter que ser bem mais directa, o que me chateia, porque detesto magoar as pessoas. Detesto mesmo! E ele é super simpático, mas que hei de fazer se já lhe disse que estou noiva, que vou casar, que no próximo ano vou tentar ser mamã, e ele nada?... Detesto estar nesta situação...

Quanto ao E., epá... sinto que houve uma mudança na nossa relação. Para melhor. Não sei porquê, talvez esteja ligada à minha tentativa de ser mais optimista. Estou a aprender cada vez mais a lidar com ele, e pela primeira vez esta semana convidámos a A. para ir jantar a "nossa" casa. Teve um sabor especial. Sentá-lo à cabeceira da mesa, como chefe de família. Cozinharmos juntos. Recebermos a A. como um casal.
Sinto-me cada vez mais próxima dele.
Sinto-me cada vez com mais certezas, e cada vez mais estou convencida de que tudo o que se passou no mês passado esteve ligado ao facto de ser Abril.Abril, o mês negro da minha vida.
Ele próprio diz "nunca pensei que se notasse tanta diferença em ti só pelo facto de Abril já ter acabado". E é verdade. Sinto-me mais feliz. Não totalmente, tenho sempre coisas que me preocupam, mas estou bem mais feliz que no mês passado, e isso reflecte-se na nossa relação, sem sombra de dúvida...
Na semana passada, no sábado, fez-me uma surpresa linda. Às 9 e meia da noite, correu o algarve todo de uma ponta à outra apenas para ir passar a noite comigo. Chegou a minha casa eram onze e meia, eu já estava quase a dormir (e sozinha em casa, pois claro, que a minha mãe não admite que em casa dela nós durmamos juntos...), e foi espectacular. Eu só conseguia dizer "não acredito que estás aqui, não acredito que estás aqui".

Pela primeira vez na minha vida, tenho alguém a lutar por mim. A fazer-me este género de coisas. A puxar pela relação. A dedicar-se totalmente.

Está bem, ainda tem algumas coisas que não sabe fazer, ou não sabe que não se diz (como por exemplo "gostava mais do teu corpo se fosse como nas revistas"), mas sei que é por inexperiência e não por maldade... Bem vistas as coisas, ele nunca namorou, nunca andou à escola, nunca conviveu muito com raparigas sem ser eu (e as tropocentas em quem ele esteve interessado antes de mim, mas isso não é para aqui chamado...), por isso tenho que dar um desconto.

Estamos a aprender a lidar um com o outro. Já passou um ano, estamos cada vez mais próximos e todas as dúvidas que eu poderia ter tido o mês passado eclipsaram-se.

A culpa não foi de ninguém... foi do mês e das más recordações que me traz!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Miminho!!

Miminho é bom, eu gosto e preciso!!





Recebi o primeiro selo deste blog. Espectáculo! Um selinho que anda a circular por aí, que eu sempre quis, mas que nunca ninguém deu ao meu blog principal lol. É preciso criar um blog "secreto" para o receber. Whatever! Obrigada pelo miminho, Marie!





Mas não há prémio sem regras lol!





Regra 1 - Exibir a imagem do selo. Fácil!






2 - Dar o link de quem me premiou: Marie, "O Meu Blog"

3- Indicar 15 blogs. Ui!.... Isto é que é pior... Neste blog, não tenho 15 para indicar... bem, vou indicar à mesma os que a verdadeira eu mais gosta ;)

  1. http://agoraequemelixaram.blogspot.com/
  2. http://oculos-sem-sol.blogspot.com/
  3. http://pensamentossomeusponto.blogspot.com/
  4. http://lampadamervelha.blogspot.com/
  5. http://sonhosdeumarapariga.blogs.sapo.pt/
  6. http://lbscapegoat.blogspot.com/
  7. http://loucurasdeeporamor.blogspot.com
  8. http://genioseidiotas.blogspot.com/
  9. http://helena-omeublogsecreto.blogspot.com/
  10. http://deitacaprafora-lu.blogspot.com/
  11. http://olhos-dourados.blogspot.com/
  12. http://iindisponivel.blogspot.com/
  13. http://hojevoucasarassim.blogspot.com/
  14. http://perguntassemresposta.blogspot.com/
  15. http://organizaracasa.blogspot.com/


4ª regra - Indicar os blogs de que foram premiados.

Prometo fazê-lo assim que tiver tempo (anda escasso, mas vou fazê-lo!!)

Uma vez mais, Marie, obrigada!!!

sábado, 1 de maio de 2010

Juro que não sou eu que procuro problemas

Eles vêm ter comigo!

Já não me bastava tudo, agora tenho alguém a fazer-se descaradamente a mim! Se com o C. ainda pode haver dúvidas porque é tudo muito ambíguo, com esta pessoa é tudo menos ambíguo...

Eu já disse, frisei e refrisei que estou noiva e feliz muito obrigada... mas parece não surtir efeito!

Crap.

E depois eu não me consigo afastar ou ser bruta.... :S:S:S

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Lindo...

Então e chegarem a casa e ouvirem a vossa mãe dizer-vos "se é para te tornares anormal como a sobrinha da X mais vale trancares-me o teu blog e saires de casa porque eu só sei conviver com gente normal" apenas porque vocês fazem umas pesquisas sobre medicinas tradicionais e não ocidentais? Coisas que mexem com energias de cada um, energias do universo?

Pergunto eu: estás a chamar-me anormal?
Responde ela: sim.

Curto e grosso.

É bom, não é?????


(P.S. Cr., dsc, mas esta tua definição tenho que a partilhar. Já sabia que ia apanhar nas orelhas, e dizes-me que me vais foder a cabeça pessoalmente. Adorei a tua definição: "P.S: Definição de f*** a cabeça a um amigo: Expressão de origem obscura que implica, entre outros rituais o de ouvir e nao julgar...")

Nem mais. Não julgar. Coisa que não me tem acontecido muito....

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Só não ganho a merda do Euromilhões...

"A culpa é tua, não te expressaste como deve ser, como raio havia de saber que era tão importante para ti que eu fosse?"


.........

PORQUE EU TE DISSE??????
Estou farta, farta, farta, farta.
Farta de estar triste, de estar embirrenta, de não poder desabafar, de quando desabafo me sentir estúpida, ridícula, mimada, anormal.
Tenho tanta merda dentro de mim que preciso de deitar cá para fora, tudo me faz estar ansiosa, tudo me deixa sem respirar, tudo me deixa stressada.
De que me adianta dizerem-me "tens que aprender a controlar os nervos" como o E. faz? Eu não sei controlar os nervos. Eu não tenho porra de tempo para fazer ioga, ou reiki, ou meditação, ou desporto. Eu trabalho, eu estudo e eu moro em 3 cidades diferentes. Passo o dia sentada, quando não é a trabalhar, é a estudar, quando não é a estudar, é a conduzir, estou farta de não ter 5 minutos para mim.
Tenho um ambiente em casa que é de cortar à faca, todos os dias há discussões, e eu já não aguento muito mais. Nunca ninguém faz nada bem, está sempre tudo com defeito, a minha família já não fala uma com a outra, gritamos uns com os outros, perdemos por completo a capacidade de simplesmente aproveitar o milagre que é ter uma família.
É horrível, sei que sou má pessoa por dizer isto, mas o que me apetece é pegar numa mala, sair de casa e fazer-me à vida. Ir morar com o E. mesmo sem estar casada, mesmo que isso signifique ir contra a vontade dos meus pais.
Fogo, tenho 25 anos, não 5. E faço tudo para os agradar, e nunca nada está bem, nunca nada serve, nunca nada está perfeito, há sempre algo a criticar.
Tive 18 numa frequência super dífícil. Ouvi um parabéns "resmungado" e quando tentei voltar a referir o facto, ainda fui gozada "queres que me ponha aos pulos?". Não... queria que ficasses contente. Mas deve ser pedir de mais.
Eu tenho que dar desconto a toda a gente. à minha mãe porque está com depressão. ao meu pai porque se vai reformar e tem problemas com o filho mais velho. à minha irmã porque enfim é adolescente e tem uma vida ocupada entre o conservatório e as aulas e as gravações.
E a mim, quem me dá desconto?
Quem me dá desconto por trabalhar dia após dia após dia após dia, semana após semana, mês após mês num trabalho que detesto, que me estagna, em que sou constantemente barrada, em que sou constantemente gozada, um trabalho que não me deixa ter tempo para estudar o que mais gosto, um trabalho que prejudica o meu estudo, que pode prejudicar o final da minha licenciatura?
Quem me dá desconto por me sentir furstrada, por me sentir falhada, por sentir que nunca faço nada bem?
No outro dia o meu noivo disse-me que gostaria mais de mim se eu tivesse um corpo como o das revistas. Doeu-me... eu iniciei ontem um tratamento para a obesidade. Sim, é verdade. Engordei imenso, não por nada que coma de errado, mas por qualquer razão estranha. Ele sabe que eu sou sensível a isso, e vai-me dizer uma coisa dessas? E depois é sempre "desculpa, não pensei que levasses a mal".
Sinto-me triste, apetece-me chorar, apetece-me desabafar, e não tenho ninguém, só este blog. A Cr. é muito minha amiga, é a única pessoa que eu conheço que sabe deste blog e que o lê. Sei que vou apanhar nas orelhas dela, mas não quero saber. Não posso estar sempre a incomodá-la.
Fui ontem à nutricionista, que me mandou fazer análises à tiróide.
Tenho tudo contra mim. Tenho que tomar cortisona diariamente, não tenho tempo para desporto, não posso correr porque sou asmática, não como porcarias, só como praticamente saladas, legumes, grelhados, estufados e cozidos, tudo sem gordura, não como bolos nem fritos, e continuo a engordar. Recuperei os 17kg que tinha conseguido perder. E isso frustra-me. Frustra-me imenso ver gente a queixar-se, como a minha irmã, porque está gorda. Fodasse, ela veste o 34! Dá-me vontade de ser má e dizer-lhe que havia de ter o corpo que eu tive na idade dela. Em que ninguém se aproximava de mim. Em que nunca nenhum rapaz se interessou por mim porque eu era gorda. Era "a gorda", "a obesa", "a marrona". Pois claro! Livros nunca me criticaram! Nem me gozaram!
Tenho tanta merda na minha cabeça...
Em princípio vou ter uma oferta de trabalho. Implica sair do Algarve. Oferecem-me contrato, subsídios, segurança social, vou ganhar o mesmo que aqui. Implica sair do Algarve. E dizer isso à minha mãe? Não dá. Ela amuou quando aos 17 anos fui para a Universidade, amuou quando fui de Erasmus, já me começou a dizer "que não vou servir para nada depois de casada, não vou estar ali para ela quando ela mais precisar".
Fodasse.
Mais valia ter ficado sozinha a vida toda e cuidar dela. Que me importava? Assim como assim, não ouvia estas bocas que magoam mais que alguém pode imaginar.
Se amo o E.? Sim, amo. Se quero casar com ele? Sim, quero.
Mas sei que é mais para fugir deste ambiente que outra coisa qualquer...
O C. continua a mexer comigo. Mandei-lhe uma mensagem na 6f, à qual não respondeu. Tudo bem, eu não estava à espera. Então porque mandou uma no domingo a pedir desculpa por não ter respondido antes?
E mais uma vez, na aula de 3f, cabeças juntas, toques para aqui, toques para ali... já toda a gente se deu conta, até o E. me disse que já sabia que ele gostava de mim, que se via nos olhos dele. Graças a Deus, não viu que eu estou ligeiramente interessada nele. Que leva um gajo comprometido há 3 anos e meio a continuar a mandar-me sinais, olhares, toques, mensagens? Que caralho queres tu, C.?
Peço desculpa pela linguagem, mas hoje estou mesmo mal, precisava de desabafar.
Já ontem estava assim. Tentei dizer ao E. que não estava bem. Que precisava que ele fosse à net para falarmos. Não. Ir para o computador fazer a música dele era mais importante. Tudo bem, eu tento entender. Pedi-lhe então para ir ao meu blog. Tinha-lhe deixado uma postagem, dedicada a ele, e outras a dizer que não estava tão bem.
Foram vocês? Assim foi ele.
Estou triste.
Estou com fome.
Saber que estou a dieta, ainda que com ajuda de acupuntura, deixa-me nervosa e só me apetece comer merdas.
E depois vem ele dizer-me que a culpa de estar assim é minha, e que tenho de aprender a controlar os nervos, e que não lhe bata, e que ele só quer ajudar. Claro. Dizendo que gostava mais do meu corpo se ele fosse como os das revistas. Eu já tenho uma autoestima tão baixa que essa ainda me deitou mais abaixo. E depois não acredita quando eu lhe digo que para mim o corpo dele é perfeito. Que não o imagino de outra maneira qualquer.
Sou muito estúpida, sei que sou.
Mas estou de uma maneira...
Sinto-me perdida, sem saber que rumo tomar.
Não posso falar do novo emprego à minha mae enquanto não tiver certezas, porque sei que ela não o vai aceitar, implica sair de casa de vez, e ela nunca vai aceitar isso, e vai amuar, e eu já estou a stressar com isso... mesmo... mas fazer o que? Continuar aqui, onde me desgasto? Onde ando sempre nervosa, stressada, triste e a chorar?
Sei lá...
Estou confusa, embirrenta, chata, triste, daqui por 5 mn o E. vai telefonar e já estou mesmo a ver que vai haver merda... não estou com paciência para conversa da chacha... mesmo...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Custa um bocadinho...

... precisar da tua atenção e não a ter... sei que não ma podes dar agora, mas não custa menos por isso. Tal como não custam menos as coisas que "não fazes por mal", mas porque és distraído e que inevitavelmente me colocam em 2º plano. Dizes que sou a pessoa mais importante da tua vida, mas esqueces-te de tudo o que combinas comigo, não tens problemas em marcar algo por cima, e depois ainda esperas que eu compreenda e que seja eu a mudar o nosso compromisso. Na 3f recusei-me a fazê-lo. Tens que aprender que não te podes esquecer de mim. Fui egoísta? Sim, fui. Mas precisei de ti. E mesmo assim estiveste de mau humor comigo durante quase duas horas... quando quem marcou coisas em cima foste tu!...

E depois tudo o resto.

Continuo a sonhar com o C.

Estudámos a tarde de 2f toda, juntos. E houve olhares, e toques de mãos, e cumplicidade... e eu já não sei o que pensar.

Sonhei com ele 3 noites seguidas, e a cada noite os sonhos são mais quentes, e no entanto és tu que estás ao meu lado na cama, a abraçar-me, és tu que me estás a aninhar contra o teu corpo.

Já não sei de nada. Já não sei o que sentir.

Estou farta desta indecisão em que a minha cabeça anda. Tão depressa te quero, e sinto que não quero mais ninguém, e que é a ti que quero para pai dos meus filhos, como se for preciso no dia seguinte estou cheia de dúvidas sobre ti, sobre mim, sobre nós, sobre o C., sobre o M.

Porra!

Estou farta destes picos de humor, que me f***m a cabeça toda e não me deixam ter certezas de nada...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

3 anos

3 anos.

Faz hoje 3 anos que me tentei matar.
Hoje "celebro" o dia em que me arrancaram da morte.
Ainda hoje choro.
Foi a maior asneira da minha vida.
Ainda me sangra o coração.
16 de Abril de 2007. O dia mais negro da minha vida.
Tomei quantos comprimidos tinha em casa.
Bebi quanto álcool encontrei. Vodka, aguardente, licores... tudo. Até pomada comi, Jesus meu Deus! Não estava em mim...
Ainda hoje me dói esse dia.
Sei que são 3 anos em que me tentei matar. Mas devia tentar pensar em que são 3 anos em que renasci. Porque no fundo renasci.
Cresci.
Aprendi que não há um único homem em quem possa confiar.
Estou noiva. Mas mesmo assim, mesmo o meu noivo sabendo tudo sobre mim, até sobre o C., tinha de lhe contar, não me entrego por completo.
O meu coração ficou contigo, M.
Tu conhecias-me, vias-me, sabias quem EU era. Não eu, a X, mas EU. A minha alma. Quem eu era na verdade, na essência. Nunca confiei em ninguém como em ti, M.
E abandonaste-me da pior maneira possível.
Quebraste-me, de uma maneira que é impossível eu voltar a recuperar...
Esta semana tem sido terrível.
Crises de ansiedade. Ia desmaiando. Fez dia 13 3 anos que dei um beijo que me arruinou a vida. Faz hoje 3 anos que tentei acabar com ela.
É fácil culpar-te... mas se calhar nem tens culpa.
Se calhar a culpa até foi minha que fui fraca. Não sei.
Sei que hoje não me sais da cabeça, tal como não me tens saído nos últimos 3 anos.
Esta data é muito difícil. Só quero chorar... e chorar... e chorar...
E sei que chorar não resolve nada.
Quero ultrapassar-te, luto para te ultrapassar, mas não consigo...
Não mereces um segundo do meu pensamento, e há dias em que o consigo fazer.
Não hoje.
Hoje estarás sempre na minha cabeça.
Não sei onde estás... mas dentro de mim estás de certeza...
Odeio-te... com todas as minhas forças... sabias?
E ao mesmo tempo, queria saber de ti... como estás... que tens feito...
Tentei manter a amizade. Para quê? Provaste que não és meu amigo.
Não sei...
3 anos volvidos sobre o dia onde renasci, ainda choro como uma bebé nesta semana...
É tão difícil... tão difícil...

terça-feira, 13 de abril de 2010

dia mundial dos beijos

Mas nem todos são bons.

Faz hoje 3 anos, dei um beijo que arruinou a minha vida.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Que vontade de ir falar contigo! Mas não posso.
Mal fora que eu não fosse mais forte que o meu coração...
Mas que me apetece clicar no teu nome e falar, apetece...
Mas não o vou fazer.
Afinal, se para ti passei a ser invisível...
Estás online... já de manhã estiveste online... E finges que não me vês.
É isso que me revolta... até agora nunca fugiste, e de repente... é como se eu fosse invisível.
De que tens medo? Sê claro!..

Chega!

Às vezes há coisas fantásticas.

Uma delas é ouvir o meu noivo dizer "não vale a pena ouvir-te mais". Sim, calha sempre bem, sobretudo quando eu já estou tão fodida da minha cabeça. "Não vale a pena ouvir-te mais". Está bem. Eu calo-me. Mais uma vez. Assim como assim, há toda uma panóplia de coisas sobre as quais tenho de me calar contigo. Porque não gostas. Porque te sentes mal em ouvir. Porque sei lá o quê. Não posso falar contigo de como me sinto mal comigo própria. Não posso falar contigo sobre planos de poder estudar ou trabalhar no estrangeiro. "Eu vou estar em Portugal não terás outro remédio se não voltares para cá". Que bonito! Bonito e nada prepotente! Se me conhecesses deveras saberias que quanto mais me dizem não, mais eu grito um sim de revolta!
Há cada vez mais coisas sobre as quais não posso falar contigo. A maneira como quero educar os nossos filhos. A minha religião. Os meus sonhos profissionais. O não querer abandonar a zona onde vivo por causa dos meus pais.

A minha mãe tem-me avisado: "olha que ele não é o género de pessoa que te vá deixar conviver conosco, vai-te obrigar a ir para outro lado, quer apenas o mínimo de convívio conosco, é convencido, só ele é que sabe, sabe mais que todos".

E custa-me admitir, mas ela tem razão! Pedi-te para a minha irmã ir à Alemanha conosco, torceste logo o nariz.

Fica sabendo, meu querido. Eu não vou abandonar os meus pais. Nem a minha irmã. Eles irão a nossa casa sempre que quiserem. São a minha família, as minhas raízes, as minhas âncoras. Tu tens tradições diferentes, és estrangeiro e recusas-te a viver segundo as leis do país onde estás, e já me tens contado muita coisa que prova isso. Mas eu? Eu sou portuguesa. E não vou abdicar da minha nacionalidade e tradições só porque tu queres. Mas depois acho curioso que eu é que sou egoísta...

Há muita coisa a martelar-me a cabeça, há muito que quero falar contigo antes de te dizer "sim" na Igreja. Porque quando o disser, para mim, é para a vida, mesmo que civilmente nos venhamos a divorciar. E tu não entendes isso. Para ti é tudo o logo se vê, logo se vê. Eu não funciono à base de "logo se vê", já me devias conhecer!

Com tudo isto, sinto um abismo a crescer entre nós.

Ontem falei com a minha grande amiga Cr. Ela diz que isto pode ser de mal estarmos juntos. Criamos tensões e descarregamo-las nas discussões. Talvez tenha razão. Acho que tem razão.

Eu já não tenho certezas deste passo. Tentei dizer-to. Mas tu dizes que é normal e não deste importância. Sim, tentaste tranquilizar-me, dizer que tu também tens incertezas, que ninguém sabe o que o futuro reserva. E é verdade. Eu nem sei o que vou jantar hoje... quanto mais se daqui por um ano e meio vou estar casada contigo!!

Há tanto que eu não posso falar contigo que comecei a procurar outra pessoa com quem falar. E quem melhor que o C.?

Pois... "Real failure"... o gajo está comprometido há 3 anos e meio.

Nunca se passou nada entre nós, mas sinto-me enganada à mesma. Porque apesar de nunca se ter passado nada, houve toda uma série de indícios que ele me mandou ao longo destes 3 anos de curso... Portanto... e eu só lhe comecei a prestar atenção a semana passada, quando ele carregou fotos com a namorada. Doeu. Doeu muito. Ainda dói, ver as fotos deles. Mas quem é comprometido há 3 anos e meio... não me posso intrometer. Mas dói. Porque o desejo.

Ele deu-me as tais "borboletas" que só o M. me tinha dado. E eu nunca pensei voltar a senti-las... e sinto-as cada vez que falo com ele, cada vez que vejo a foto dele, cada vez que fico à espera de uma mensagem dele.

Até que ponto é já isto traição? Não sei. E tenho medo da resposta...

Mas já chega de sofrer por alguém como ele. Que manda sinais apesar de estar comprometido. Que brinca assim com as pessoas. Sim, porque ele não é assim com mais nenhuma rapariga do curso. Só comigo. E eu não sou a única rapariga... Não sei o que pensar. Não sei mesmo.

Sei que à semelhança do que se passou há 3 anos, tenho que colocar uma pedra de uma tonelada por cima deste assunto, enterrá-lo... ou pelo menos transformá-lo num fantasma como fiz com o M. Um fantasma que ainda me assombra, sim, é verdade, mas um fantasma.

E quanto ao meu noivo... Não sei. Quero amá-lo. Quero sentir essas "borboletas". Mas há coisas que eu não posso - nem quero! - aceitar. E não sei o que fazer com este anel de noivado que cada vez me pesa mais no anelar esquerdo...

terça-feira, 6 de abril de 2010

"And then I go and spoile it all by saying something stupid like I love you"...

Quisera eu ter a coragem de to dizer!
"No homem, o desejo gera o amor. Na mulher, o amor gera o desejo."



Conclusão: estou tramada...


E sabem quando dizem "amo-te" mas não o conseguem sentir? Mais vale não dizê-lo. Assim não enganam ninguém.


Foste incapaz de perceber pela minha voz que não estou bem. Incapaz de perceber pelo meu suspiro que nada está bem.


E não sei se me sinto triste ou aliviada - há explicações que não te posso dar...


Sei que tenho que procurar um afastamento. Isto a continuar assim envenena-me ainda mais.

Sinto este abismo a crescer entre nós... não sei o que se passou...Ou talvez saiba, talvez há um ano que saiba, e não queira admiti-lo.


Sei que me sinto cobarde, sem coragem para nada a não ser não pensar.


Quero seguir os meus impulsos... mas eles são errados.

E no entanto... no entanto ao longo deste ano foram vários os sinais que me deste. Ou terão sido imaginados?


Já não sei nada.

Já não quero saber de nada.

Já não quero sentir mais.

Pára, coração, de me pregar estas partidas.

Pára, por favor.


Sou nova, mas já tenho sofrido tanto por tua causa... pára de uma vez, coração.

Resigna-te ao que tens, pára de procurar o impossível.


São ambos comprometidos - e mesmo assim queres forçar...


Não sei o que sinto, não sei o que não sinto, quero mandar-lhe algo que lhe mostre que eu existo, que sempre existi, e ao mesmo tempo não quero, a nossa amizade está por um fio, e sinto esta tentação de regressar ao passado, e procurar consolo onde não devo, e não posso, o futuro é para a frente, não para trás.


Céus...


Estou a ficar louca...

Grrr! Raios partam a minha falta de coragem!

Que também pode ser conhecida como cobardia exacerbada.

Eu não entendo... Ainda tive uma vaga esperança que ela não fosse namorada dele, confesso que sim. Mas não... é mesmo.

Ontem estivemos a tarde tooooooooooooooda a falar na net. Toda. Começou mal, com uma resposta torta dele, mas como lhe respondi à letra, ele lá amansou.

E foi toda uma tarde de brincadeira, eu ria, tremia, estava gelada de estar a falar com ele. Foi tão bom! Tanta parvoíce, tanta brincadeira, tanta tolice... Daquelas conversas boas, de um início de relação... Tal como eu tinha com o meu noivo e depois deixaram de existir, o que segundo ele "é normal"...

O C. dá-me aquelas "borboletinhas", vocês sabem quais são...

Hoje de manhã, estivemos a falar outra vez. Na boa, mesmo, brincando, rindo... Eu não sei o que sinto por ele. Cada vez ele mexe mais comigo, e eu não entendo isto.

E não, apesar de ter atitudes de miúda pequena, não sou uma miúda pequena, já passei por isto antes, devia ser capaz de lidar com estas emoções contraditórias, mas não sou. Quando o assunto é o C., eu deixo de conseguir pensar.

Porque levei um ano a aperceber-me que gosto dele mais do que pensava?

E hoje... hoje ele atirou um "ti amo" por engano..
e apressou-se a corrigir: "desculpa, estava a falar com a mh namorada"

Porque senti outro baque no coração, apesar de já saber que ele namorava? Eu sonhei com isso, não é admiração nenhuma, os meus sonhos têm uma estranha tendência para se realizar. Só não se realizam quando são coisas boas,no género "mas descansa, ela é minha namorada só a brincar", disse-me ele no sonho, enquanto me puxava para um recanto e me beijava...

Quantas vezes ele já me beijou e abraçou em sonhos... Tantas, tantas... e eu fico sempre tão perturbada quando isso acontece!

Porque não sinto isto por quem devia? Alguém me explica?

Sim.,.. acho que estou a casar para fugir, e sei que é errado. Sei que não devo. Sei que estou a mexer com a felicidade de outra pessoa. Mas o que fazer quando essa pessoa me diz que me ama acima de tudo e que já não saberia viver sem mim?...

Fui eu que fiz merda, por isso tenho que ser eu a sofrer, é justo.

Só que,...

As coisas com o meu noivo já não estão a ir muito bem encaminhadas. Eu não sei mentir. Nunca soube. E ele sente que há algo diferente.

Disse-me que tem saudades de quando eu lhe estava sempre a mandar mensagens. De quando lhe telefonava tanto que ele chegava a pensar que eram vezes a mais...

Temos discutido todos os dias. Eu sei que embirro, é inconsciente, embirro sempre com o que ele propõe. Não consigo evitar.

Dos 50 minutos de conversa hoje, só ouvi os ultimos 20. Em que estivemos a discutir.

Isto não é normal.

Quero falar com o C., mas sei que não lhe posso dizer nada que não estrague a nossa amizade...

Mas enquanto penso no C., assunto sobre o qual não consigo (e será que quererei?...) por uma pedra, as coisas com o meu noivo vão-se deteriorando.

E eu não sei o que fazer....

Não posso só enterrar a cabeça na areia, como a avestruz?...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

De repente de repente...
Já não sei se tenho tantas certezas sobre o meu casamento... Mas conheço-me... nunca acabarei o noivado - sou demasiado cobarde para isso...
Dói-me o coração...
Por que só me permito perceber que alguém é importante depois de o perder?...
E alguém dar-me dois pares de estalos bem dados, não??

Estou com uma raiva de mim mesma!
Às vezes é preciso perdermos alguém que nunca tivemos para percebermos que gostaríamos de a ter tido!...

E assim estou eu com o C.
Não... este fim de semana dei-me conta que não é puro desejo animal. Afinal parece que me andei a enganar a mim mesma, de outra maneira não se justifica o coração gelado com que fiquei quando o vi com uma rapariga - penso que seja a namorada dele, ninguém abraça assim nem a irmã!

Céus, chorei tanto! Mas tanto! É que nessa mesma noite sonhei que ele tinha namorada... e nesse dia, pimba!, vejo a primeira foto dele no fb com uma rapariga que para além de parecer simpática é lindíssima!... Como, como fui acreditar na A., que me disse que ele gostava de mim?...

Mas depois a S. disse-me "tu vais casar, querias que ele esperasse por ti?"... E eu sei que ela tem razao.

Mas tem sido um fim de semana horrível.

Mandei-lhe uma mensagem simples, a desejar feliz Páscoa - nem a isso respondeu, não é normal! Não é!

Era uma mensagem que se manda a qualquer pessoa, a qualquer amiga ou amigo... e nada.
Mandei um email, nem resposta.

E agora, há 5 mn, encontrei-o no fb. Fui falar c ele, feita IDIOTA E ESTÚPIDA E BURRA E MASOQUISTA.

Claro que só ouvi respostas de merda... e referência à mensagem e ao email está quieta oh Maria. Nada. E de repente, "C. is offline".

Nem um adeus?

E ando a sofrer por um idiota destes?

Só quem me desse dois pares de estalos bem dados... é só o que mereço...

Porquê estes ciúmes?
Porque é que estou a reviver o que se passou há 3 anos atrás?

Porque é que sinto que o C. é o novo M. e o E. o novo L.?

Será que não aprendi a minha lição?

Só sei que estou gelada, e a tremer...

E amaldiçoo todos os sonhos que tenho com ele, em que ele me beija, em que ele me abraça.

Já não sei o que sinto, já não sei quem sou, estou à beira da loucura outra vez, desejo-o tanto... e isso é o pior de tudo!

Amo muito o E. Amo. Sim. Mas não me dá estas "borboletas" no estômago, não me dá esta vontade de saltar a sebe, não me dá esta ansiedade...

Mas tenho que ser forte e perceber a realidade.

Quem me trata assim, não é meu amigo.

E eu vou parar de pensar nele antes de saltar qualquer sebe!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Uma conversa com os pais ajuda sempre.
Aquilo que ontem me fez chorar e chorar, por causa do emprego, hoje já é apenas uma pequena preocupação.
Dou graças pelos pais que tenho, que me continuam a ajudar e a aconselhar, sempre, em todas as circunstâncias da minha vida...
Continuo chateada, sim, e revoltada pela injsutiça que estou a sofrer aqui.
Mas o facto de eles me terem dito "não te preocupes" fez-me logo sentir melhor...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Por que razão

Quando estou mais deprimida, me dá para ouvir vezes sem conta o musical Jesus Christ Superstar?

É sempre cada lavagem de alma...

Choro, choro, choro... hoje só me apetece chorar!
Todo o bom humor desta manhã se esfumou!

Há situações mesmo injustas: as ondas batem nas rochas e quem se lixa é o berbigão.

O meu trabalhinho já seguiu para a tal pessoa que o tinha que avaliar sabe-se lá por alma de quem. Sei que ela já tentou telefonar e deve ser para dizer que não concorda, ou que vai fazer alterações AO MEU TRABALHO.

Como se tudo não bastasse, depois de ser suposto eu ter ido almoçar (o que não fiz porque vou almoçar sozinha e não quero ficar trancada na rua), chamam-me a um certo gabinete onde me dizem que vou ser avaliada.

Até aí tudo muito bonito. Só que como posso ser avaliada se não produzi nada? E não produzi nada porque nunca me deram resposta a nada? Expliquem-me!

E fui logo avisada que há cotas, e que isto, e que aquilo, e rebéu-béu-béu pardais ao ninho!

Ao longo do tempo que aqui estive sempre tentei desenvolver projectos, sempre me tentei superar, tudo o que apresentei foi barrado, e agora sou EU a avaliada?? Quando praticamente me dizem que a minha nota não vai ser superior a tal porque há cotas?

E isto é justo??

Eu sei que a vida não é justa. Mas sei que ambicionava mais para mim. Muito mais. Tinha muitos sonhos. E estou a estagnar aqui. Sinto-me injustiçada, sinto-me a enlouquecer.

Agora tenho que propor objectivos para 2010. A avaliação de 2009 "vai ser baseada na nossa sensibilidade" (estou a citar).

Great. É caso para dizer ESTOU FODIDA! Mesmo.

Argh, só me apetece chorar!

Ontem tive uma noite tão boa, hoje de manhã estava tão bem disposta, e agora...

Já nem quero ir almoçar, estou enjoada com os nervos, dói-me a cabeça, não me apetece ver ninguém, apetece-me berrar e mandar isto tudo à MERDA ou À **** QUE VOS PARIU!

Só quero ir para casa, enfiar-me debaixo dos cobertores e chorar... posso?

terça-feira, 30 de março de 2010

C.

Não passas de puro desejo animal.
Nada mais.
E é bom ter chegado a essa conclusão.
Porque os desejos animais e irracionais controlam-se com a cabeça!

Epá...

Sou muito estúpida, eu.

Mesmo.

É que não é a primeira nem segunda nem terceira vez que cometo este erro.

Se calhar não sou estúpida, se calhar sou mesmo só burra por ser tão ingénua e acreditar na bondade e boa vontade das pessoas.

E depois esqueço-me que no mundo do trabalho, quanto mais te lixarem melhores se sentem!

E vai daí, entrego o MEU trabalho, de mão beijada, para que alguém que nem sequer está ligada à minha instituição "o valide".



De princípio não vi mal... a minha superior pediu-mo e, apesar das minhas impressões sobre ela, eu entreguei. Não é o que é suposto fazer? Um chefe ou superior pede, nós queremos impressionar bem, e sem pensar duas vezes fazemos o que nos pedem, até porque não vemos mal nenhum nisso.



Depois é que comecei a pensar... Então mas o que é que alguém fora da minha instituição tem que "validar e autorizar" o meu trabalho??? Alguém me explica? De que serve então o curso que tirei? Foi uma fantochada? Nem aquele mísero trabalho esquemático estou autorizada a fazer sem validação exterior? Então qual é o meu papel aqui dentro??



Estou mesmo a ver o que vai acontecer... Daqui por algum tempo o meu trabalho vai aparecer publicado de uma ou outra maneira em nome dessa pessoa que tem que o "validar". E entretanto quem vai ficando mal sou eu "porque não produzo trabalho".



Se eu pudesse mandar isto tudo a um monte de porcaria de boi... :(

sábado, 27 de março de 2010

Ainda hoje é verdade... Ainda hoje não sei que papel ocupaste na minha vida, M.
Sei que me abandonaste, sei que me deixaste quando mais precisei de ti, sei que por tua culpa caí no mais negro poço.
O nosso amor era errado? Então por que me disseste que me amavas? Que só foste para o seminário depois de eu arranjar namoro? Porque me disseste que há anos que te sentias atraído por mim?

Porque entraste tão fundo na minha alma e no meu ser que é impossível apagar-te, enterrar-te, esquecer-te?

Nunca voltei a amar ninguém como te amei a ti... Eras a minha outra metade, sei que sim.

Fugiste... não tiveste coragem de me assumir perante todos. Refugiaste-te no seminário depois de me usares.

Não te consegui ainda perdoar... mas também ainda não te consegui esquecer... sei que tenho de o fazer. Já se passaram 3 anos... Tenho uma nova vida.

Mas tu és um fantasma que não me abandona. És um fantasma que ainda me faz chorar. Às vezes não sei do que seria capaz por ti.

Se tu voltasses, saísses do seminário como me prometeste quando eu me tentei matar pelo que me fizeste...o que faria eu?

Não sei.

E não consigo parar de pensar nisso.

Há dias muito bons, em que não te ponho o pensamento em cima. E há outros... em que não sei mesmo que papel tens na minha vida.

Disseram-me que precisava de acompanhamento psicológico. Tu destruíste-me. Mas quando fui à psicóloga, fui gozada por ela pelas coisas que lhe contei. E fiquei ainda pior.

Tu mentiste-me. Disseste que estarias sempre aí para mim. Usaste-me. Fizeste-me acreditar em ti. Abusaste da minha confiança em ti. Sofri sozinha as consequências do que os dois quisemos, e é isso que não é justo.

E depois disto tudo... queria ser capaz de te odiar e não consigo.

Talvez me esteja a casar pelas razões erradas. Para te enterrar de vez. Não sei. Amo muito o meu noivo - mas não como te amei a ti. Nem nunca aparecerá ninguém como tu. Eras a minha outra metade, usaste-me, partiste-me, nunca mais me recompus.

E não te consigo odiar...

E não me sais da cabeça...

sexta-feira, 26 de março de 2010

Um dia...

Um dia garanto que ganho coragem de mandar o Almirante passear.
Estou farta disto. Ao fim de mais de duas décadas de vida é que se lembra que sou sua filha? Quando obrigava a minha mãe a entregar-me na esquadra da polícia... era por amor paternal? Quando não pagava nada sem a minha mãe ter de o pôr em tribuanal.. era por amor paternal?
Quando me propunha ir à América com a minha tia apesar de ela já lá estar... era amor?
Quando se voltou a casar e não me disse nada "porque eu não tinha nada a ver com isso"... era amor?
Quando me fazia esperas na escola primária, sem me deixar gozar o único intervalo que eu tinha das 8 às 13... era amor?
Quando agora vai à internet buscar o telefone do meu emprego e me liga 5 vezes por dia apesar de eu já lhe ter dito que era um telefone de serviço... é amor?
Quando chama mentirosa à minha mãe... é amor?

Estou FARTA! Já chorei tanto por ele, por tanto mal que ele me fez...

E depois... depois sou sempre eu a filha má. A que não lhe liga. A que não estabelece contacto com ele.

Está muito admirado por eu nunca assinar com o nome dele. Claro que não. Ele nunca quis saber de mim, porque haveria eu de usar o nome dele?

Eu hei de me casar e ele nem há de saber - fazendo uso das suas palavras, ele não tem nada a ver com isso!

Mas o que magoa é que eu é que saio sempre pintada como a má. A filha que nao quer saber. A filha que tem a cabeça feita pela mãe. Quando é mentira. Quando a minha mãe sempre me disse que eu tinha que o respeitar porque era meu pai.

E ele não tem que me respeitar a mim???

Que caramba, agora é que lhe deu para me controlar? Para saber se venho trabalhar ou não? Agora é que lhe chegam as vontades de ajudar? Agora que eu dei a volta por cima e sou independente? Quando eu precisei da ajuda dele não a dava; ou chorava tudo o que dava.

Agora é que quer ajudar? Agora que não preciso?

Estou farta!

Um dia juro que perco a cabeça e lhe digo muito claramente "Deixa-me em paz de uma vez por todas! Não sou tua filha, esquece que me fizeste, esquece-me de uma vez por todas!"

Mas sei que nem assim ele compreenderia e continuaria a perseguir...
Pois é...

Hoje já estou com a cabeça mais no sitio. As hormonas são uma coisa tramada e levada da breca!
Ontem fizeram a lista telefónica abrir-se sozinha e o telemóvel mandar uma mensagem que não devia.

O meu subconsciente esta noite também se portou mal, e sonhou com a resposta à mensagem, que, como é claro, nunca chegou.

E foi melhor assim!

Hoje ainda liguei o outro telemóvel, para por descargo de consciência ver se alguma resposta teria sido enviada para lá. Não foi.

Ainda bem.

Se há coisa que não vou voltar a fazer é pular a cerca. Apetece-me, e muito, não vou mentir.

Mas depois penso no meu noivo.

Ele não o merece, tal como eu não merecia que ele me fizesse isso.

Às vezes o que penso assusta-me e pergunto-me se serei assim de facto tão má pessoa para pensar estas coisas.
Tenho alguém que me ama, que me adora, que faz tudo por mim, e eu começo a deitar tudo a perder?

Quando não é a pensar no M. é a pensar no C.?

Mas que raio de pessoa sou eu??

Ai ai hormonas e subconsciente, vamos lá portar bem que eu já não tenho idade para estas rebaldarias!!

Se querem andar a desejar e a sonhar, façam-no com o meu noivo!!

quinta-feira, 25 de março de 2010

É...

Dizer que se vai resistir é muito bonito...

Mas eu garanto!! Foi a lista telefónica que se abriu à minha frente, e o meu telemóvel mandou uma mensagem sozinho....

(Que não teve resposta, e se calhar ainda bem...)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Há pouco disse-te: ontem deixaste-me para trás, hoje quero ser compensada e colocada em primeiro plano. Sabes como os meus blogs são importantes para mim. Pedi-te por tudo que me comentasses. Sabes o porquê de cada postagem, sabes o que sinto quando escrevo cada uma delas. E os teus comentários limitam-se a 3 ou 4 palavras aqui ou ali?

Desculpa se pareço fútil, mas isto para mim é importante!

Estás sempre a dizer que sou eu que exagero, que sou eu que levo tudo muito a mal, que és tu que estás sempre a dar-me desconto.

Sabes do novo blog que criei hoje, como projecto pessoal, para desenvolver as minhas capacidades de escrita.

Foste sequer capaz de lá passar? Não.

Assim não dá...

"Estás bem"?

C.,

O ano passado disseram-me que estavas apaixonado por mim. Que se via nos teus olhos.
Eu não liguei... Mas a verdade é que estavas sempre ao meu lado nas aulas. Estavas sempre junto de mim no pátio.
Este ano continuas igual.
Apesar de saberes que estou noiva e vou casar.
Tu és uma deliciosa tentação. Muito deliciosa. E cada vez mais tenho a sensação que quero pular a cerca, e que quero disfrutar de ti. Apesar de saber que estou noiva e vou casar. É a adrenalina, a sensação de perigo. És atraente, mentiria se não dissesse que me farto de sonhar contigo. Com os teus olhos, com a tua voz. Mentiria se não dissesse que sinto os teus abraços e os teus beijos nos meus sonhos. Ou que não dás a volta à minha barriga, fazendo-a sentir frio.
Ontem...
Conversámos mais de meia hora na aula. Já tínhamos feito o que o prof mandara, e juntamos as cabeças e vá de falar.
Contei-te muito de mim. Que quis ir para freira. Que quis ingressar na Opus Dei. Que tinha descoberto outra maneira de viver a minha fé. Contei-te tudo. Tu ouviste. Mesmo quando o M. nos interrompeu, tu insististe: "continua, o que estavas a dizer?"
E no fim, creio que suspirei.
E tu, ternamente, perguntaste: "Estás bem"?
Sim, respondi.
"Ainda bem".

Diz-me, C., porque me perturbas tanto? Por que senti que a pergunta era tão íntima? Que não significava apenas as palavras que a constituiam?

Estou noiva e vou casar, e não é contigo... então por que me perturbas tanto? Não chegam já as perturbações do passado?

Então por que tenho esta estranha tendência a querer tocar-te? Falar contigo? Mexes comigo, e ando a esconder isto de mim própria há quase um ano... há quase tanto tempo como o que namoro.

Quero tanto mandar-te mensagens, estar em contacto contigo... és a minha tentação, tenho de lutar contra ela e não quero...

O que sinto por ti?

Estou noiva e vou casar e não é contigo...
Eu sabia.

É quase meio dia, e tu ainda não disseste nada. A saída de ontem era o mais importante, não era?
Sei que vai haver discussão daqui a pouco. Eu não tenho feitio para ser deixada para trás. Não tenho. E sei que vou estar fria e distante contigo. É a minha defesa. E se calhar até vou estar mal disposta.
Tu não tens culpa que eu tenha inveja - e eu não tenho culpa que tu não percebas o quanto estas coisas me magoam, sobretudo quando eu já ando tão em baixo.
Quando eu quero jantar contigo, fora, não podes porque ganhas pouco. Mas para ires com os teus colegas de casa a um dos restaurantes mais caros da cidade, já não tens problemas.
Quando eu quero ir jogar snooker contigo, não te apetece. Mas quando é para ires com o teu melhor amigo ou os teus pais, nunca dizes que não. E não é suposto eu ter ciúmes?
Não tenho culpa que não entendas estas coisas!
Na outra noite nem me querias abraçar porque eu estava com o período e se me abraçasses "ficavas com mais desejo e depois não conseguias dormir". Quão egoísta é isso? Lembraste-te que eu podia de facto precisar de um abraço? Não! O que importava é que depois não conseguias dormir...
Estou francamente chateada, e nem posso desabafar contigo porque ainda deves estar a dormir que nem uma rocha!
Sim, tenho inveja.
Tenho inveja que saias tanto enquanto eu fico sempre em casa, sozinha.
Ontem pedi-te uma coisa simples: manda-me algumas mensagens durante a noite para eu saber que estás bem. Não te quero controlar. Queria apenas a ilusão de que estava ao teu lado, enquanto tu saías e te divertias.
Discutimos porque me deixaste pendurada ao telefone. "Tens que me dar desconto, já bebi um bocadinho a mais", disseste-me.
E que culpa tenho eu disso?
Que culpa tenho que te tenhas embebedado?
Recebi uma mensagem tua Às 7 e meia da manhã: "não sei o que fiz, acho que bebi a mais". Pois. Nem foste capaz de me mandar mensagem a dizer que estava tudo bem quando chegaste a casa. Que te interessa se eu tenho saudades tuas? Estás sempre a dizer que não posso ser assim, que não tens culpa que eu tenha inveja que saias. Mas tenho. Tens tudo o que eu quero, e tantas vezes me deixas para trás... Por vezes sinto que tudo o resto é mais importante que eu, e já to disse. Mas tu não queres saber...
Chorei de manhã quando vi que não tinhas mandado nada. Quando percebi que saíste e bebeste até te esqueceres de tudo. Até de mim. E isso dói, sabes? Dói muito.
Dói eu ter que vir para este emprego que detesto, que me faz dar em doida, e passar a manhã sozinha, sem a tua companhia, sem a tua voz, e tudo porque bebeste tanto que nem sabes quando te vais levantar.
"É só uma vez", vais-me dizer, "eu nunca saio". Eu sei. Mas o teu nunca é muito mais que o meu. Dói ser deixada para trás.
Sei que não te posso controlar, sei que precisas da tua liberdade, sei que não tens nenhum problema com o álcool, sei que é muito raro fazeres o que fizeste. Mas raro não significa nunca. E já mo tens feito algumas vezes. Amo-te, mas nestes momentos apetecia-me chegar ao pé de ti e abanar-te!
Custava-te assim tanto ires mandando mensagens para eu poder ter a ilusão que estava contigo?
Era assim tão difícil?
Parece que sim...
Tens sempre muito que fazer, não é?...
Sempre...
Eu estou sempre disponível, o meu telemóvel está sempre disponível para ti. Já tu... "vou jogar snooker"; "vou tomar café com G."; "vou sair com X".
Ainda este fim de semana. Eu ia para a tua zona. Perguntei-te se dava para um café.
"Não, tenho muito que fazer".
No entanto, poucas horas depois, dizes-me "A pessoa tal ligou-me, vou sair com ele".
E eu no meio disso tudo como fico?
Tenho que aguentar e fazer um sorriso bonito?
Desculpa, não consigo!

E um novo começo...

Porque faz falta recomeçar.
Porque faz falta ter um espaço onde ninguém saiba quem sou, onde possa desabafar, ser eu própria sem julgamentos nem críticas. Onde as minhas máscaras possam cair.
Onde possa confessar que não sou a "santa" que todos julgam.
Onde possa confessar que por vezes bebo. Por vezes fumo. Por vezes durmo com mais homens do que queria. Por vezes não sei o que quero. Por vezes volto a pensar em suicídio. Por vezes sinto-me sozinha. Por vezes sinto a tentação de um romance.
Porque faz falta eu analisar os fantasmas do meu passado.
Porque faz falta eu saber quem sou.
Porque me tenho de conhecer e aceitar como sou.
Aqui neste blog não me identificarei.
Será tão secreto quanto o possível.
Tenho outro blog por aí, onde assino com o meu nome e me identifico. Não interessa.
Aqui será o meu verdadeiro espaço de desabafo. Aqui serei ainda mais verdadeira.
Aqui vou deitar fora o nó que todas as noites me aperta a garganta e o peito e me faz chorar, e chorar, e chorar.
Aqui me vou confessar.
Aqui vou recomeçar.
Aqui vou sair da depressão onde estou.
Aqui vou ter a base para ser feliz.