sábado, 27 de março de 2010

Ainda hoje é verdade... Ainda hoje não sei que papel ocupaste na minha vida, M.
Sei que me abandonaste, sei que me deixaste quando mais precisei de ti, sei que por tua culpa caí no mais negro poço.
O nosso amor era errado? Então por que me disseste que me amavas? Que só foste para o seminário depois de eu arranjar namoro? Porque me disseste que há anos que te sentias atraído por mim?

Porque entraste tão fundo na minha alma e no meu ser que é impossível apagar-te, enterrar-te, esquecer-te?

Nunca voltei a amar ninguém como te amei a ti... Eras a minha outra metade, sei que sim.

Fugiste... não tiveste coragem de me assumir perante todos. Refugiaste-te no seminário depois de me usares.

Não te consegui ainda perdoar... mas também ainda não te consegui esquecer... sei que tenho de o fazer. Já se passaram 3 anos... Tenho uma nova vida.

Mas tu és um fantasma que não me abandona. És um fantasma que ainda me faz chorar. Às vezes não sei do que seria capaz por ti.

Se tu voltasses, saísses do seminário como me prometeste quando eu me tentei matar pelo que me fizeste...o que faria eu?

Não sei.

E não consigo parar de pensar nisso.

Há dias muito bons, em que não te ponho o pensamento em cima. E há outros... em que não sei mesmo que papel tens na minha vida.

Disseram-me que precisava de acompanhamento psicológico. Tu destruíste-me. Mas quando fui à psicóloga, fui gozada por ela pelas coisas que lhe contei. E fiquei ainda pior.

Tu mentiste-me. Disseste que estarias sempre aí para mim. Usaste-me. Fizeste-me acreditar em ti. Abusaste da minha confiança em ti. Sofri sozinha as consequências do que os dois quisemos, e é isso que não é justo.

E depois disto tudo... queria ser capaz de te odiar e não consigo.

Talvez me esteja a casar pelas razões erradas. Para te enterrar de vez. Não sei. Amo muito o meu noivo - mas não como te amei a ti. Nem nunca aparecerá ninguém como tu. Eras a minha outra metade, usaste-me, partiste-me, nunca mais me recompus.

E não te consigo odiar...

E não me sais da cabeça...

5 comentários:

  1. situação complicada...

    Mas sinceramente, e como estudante ligada à área da saúde, uma das coisas que mais me chocou foi o facto de teres dito que psicóloga que consultaste gozou com o que contaste! porque não é suposto caramba! pra isso falavas com um amigo, e provavelmente não serias gozada!=/

    muita força!

    beijo

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  2. Moon: é... e depois admiram-se quando eu digo que não acredito em psicólogos, sabes? Já frequentei psicólogos quando era criança (embora não me lembre de nada, a minha mae diz que me levou lá quando foi do divórcio), e fui àquela psicóloga quando isto tudo aconteceu. E senti-me ainda mais humilhada. Não é suposto, se me contassem eu não acreditaria, mas a verdade é que fui gozada com algo que mexia tanto, mas tanto comigo... saí de lá pior do que entrei, e jurei a mim mesma: psicólogos nunca mais. Como tu dizes, tenho alguns amigos que me podem ouvir e não me julgam/criticam/gozam...

    Muito obrigada pelo teu comentário. É precisa força, sim, e nem sempre a tenho. Mas felizmente tem vindo a melhorar... =)

    Beijinhos

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  3. Quando uma relação não fica bem resolvida há-de dar sempre problemas.

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  4. É como diz a Olhos Dourados... Quando uma situação, seja ela qual for, não fica bem resolvida... Mais tarde ou mais cedo ela vem cobrar de nós!

    Tens que resolver isso da tua cabeça de vez. Acho que devias escrever uma carta para ele. Deitar tudo nessa carta, tudo mas tudo mesmo e perdoar-lhe por tudo o que te fez passar. Dizeres que o libertas e que te libertas a ti também, e interioriza-te disso mesmo, que estás livre dele...

    Depois queima a carta e mete pela sanita abaixo!

    E se tiveres muito pensamento positivo, consegues esquecer a dor.

    *Kiss*

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  5. Olhos e Lu: têm razão. Mas esta "relaçao" foi impossível de terminar. Ele fugiu, desapareceu, nunca mais o vi.

    Já tentei o remédio da Lu, a sério que já tentei. Mas não resolve. Enfim, eu sei que não é o fim do Mundo nem nada disso... só que continua a doer...

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Desabafa... mas com juízo.